A diretora do hospital Ramiro Figueira, do Sal, Cláudia Silva, admite que há a possibilidade de uma nova variante estar a circular na ilha, com maior grau de transmissão e sintomas mais fortes.
O aumento gradual do número de casos positivos na ilha do Sal e a crescente procura pelos serviços de saúde tem preocupado as autoridades sanitárias locais. Cláudia Silva, diretora do hospital Ramiro Figueira, justifica este aumento com a possibilidade de estar a circular uma nova variante na ilha, mais forte em relação aos sintomas e com maior transmissibilidade.
“Temos notado um aumento de transmissibilidade, muitas vezes no seio familiar, enquanto que anteriormente poderíamos encontrar membros do mesmo agregado sem o vírus. Mas recentemente é muito difícil não ter transmissão do vírus. Ainda não conseguimos, ao certo, afirmar qual é a variante, mas conseguimos notar que a transmissibilidade e também a manifestação dos sintomas está diferente do ano passado. É mais forte”, explica.
Neste novo cenário, a estrutura de saúde apela ao uso da linha verde e ao descongestionamento do hospital para evitar o alastramento do vírus, que pode colocar em risco à saúde pública.
“O que estamos a notar nestes últimos dias é que as pessoas estão a dirigir-se diretamente para o hospital. Por isso, queremos apelar a todos para fazerem o uso da linha verde. Está funcional e é um instrumento importantíssimo, mesmo para evitar a transmissão e o alastramento do vírus”.
De acordo com as últimas amostras divulgadas pelo Ministério de Saúde e da Segurança Social, num total de 52 amostras na ilha do Sal, 10 testaram positivo. No momento, a ilha regista 60 casos ativos da Covid-19.
C/ RCV