A ilha do sal acolhe entre os dias três e quatro de setembro, a 2ª Edição do Fórum Mundial da Organização Mundial do Turismo (OMT) sobre o Investimento Turístico em África (FMITA). O evento visa contribuir para promover o investimento para o desenvolvimento e valorização do turismo em África. A organização garante que está tudo a postos.
Entre os objetivos deste fórum destaca-se a criação de uma imagem positiva de África, e de Cabo Verde, enquanto destinos turísticos, especialmente agora com iniciativas e projetos da Marca de África, em que Cabo Verde se encontra contemplado nesta primeira fase.
O encontro vai servir para fazer um balanço do progresso alcançado em termos de investimentos no turismo no continente e apresentação dos caminhos a seguir.
No decorrer destes dois dias espera-se a partilha de experiências relevantes em investimentos e negociações diretas entre os países e responsáveis por projetos turísticos nacionais e internacionais.
A segunda edição do FMITA que acontece no Hotel Hilton, na ilha do Sal, conta com a presença de ministros do turismo do continente africano, representantes de instituições financeiras e doadores, fundos de investimento, profissionais de viagens, companhias aéreas, promotores e operadores turísticos.
Tudo a postos
Entretanto, a Comissão Nacional organizadora da 64ª reunião da Comissão Regional da OMT e do II Fórum Global sobre Investimento Turismo em África, garantiu esta quarta-feira,1 de Setembro, que está tudo pronto para o arranque esta quinta-feira, desses eventos na ilha do Sal.
Em declarações à imprensa, Pedro Moreira, presidente da Comissão, revelou que, mesmo apesar de alguns problemas com as ligações entre Cabo Verde e o continente africano, esses dois eventos, promovidos pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e pelo Governo de Cabo Verde, estão a ter “muito boa adesão”.
“Como sabem temos algum problema com as ligações para Cabo Verde, um problema estrutural. Mas até ontem tínhamos mais de 20 ministros e chefes de delegações confirmados e temos uma grande adesão ao fórum, nomeadamente da parte dos nacionais, superando as nossas expectativas”, disse.
Inicialmente, como avançou essa fonte à Inforpress, estava prevista a presença de cerca de duas centenas de participantes, entre ministros do turismo do continente africano, investidores, representantes de instituições financeiras internacionais, altos dirigentes e especialistas de sectores público e privado e demais ‘stakeholders’ do turismo.
Pedro Moreira adiantou que este número já foi superado, e ainda na manhã desta quarta-feira, havia pessoas a quererem inscrever-se.
“Há muita adesão da parte dos nacionais. Muitas pessoas não se inscreveram a tempo e estão a pedir a inscrição agora. No entanto, há a limitação das salas. Com as limitações da covid-19 a sala só pode receber 150 pessoas, mas já abrimos mais uma sala para mais 50 pessoas e se continuarem a insistir vamos ter que pedir desculpas e pedir às pessoas que assistam ‘online’, adiantou.
Retoma
Recorde-se que o Governo quer que a 64ª reunião da Comissão Regional da OMT em África (CAF) e o Fórum Mundial sobre Investimento Turístico em África, marquem “simbolicamente” a retoma do turismo em Cabo Verde.
Da agenda de trabalhos constam a realização de dois workshops, sendo o primeiro sobre ‘Inovação e marketing digital – motores de inovação e de análise para acelerar o crescimento do turismo’.
Esta primeira oficina de capacitação irá fornecer aos participantes um quadro de transformação abrangendo metodologias de ‘design thinking’, como forma de reconstruir e repensar o ecossistema do turismo de Cabo Verde, a organização da sua cadeia de valor para melhor responder à nova realidade provocada pela pandemia de covid-19 e, impulsionar a criação de emprego e a recuperação económica.
O segundo workshop, com o tema “Prontidão do investimento das empresas africanas” pretende fornecer as bases para a facilitação do investimento privado através da acção governamental, como também, um quadro abrangente e ferramentas para que os empresários e proprietários de negócios de Cabo Verde aumentem a sua capacidade de se prepararem para atrair financiamento de investidores estrangeiros para o crescimento dos seus negócios e geração de receitas qualificadas e sustentáveis.
A abertura do Fórum vai ser presidida pelo Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.
c/Inforpress