O Centro Multinacional de Coordenação Marítima-Zona G (CMCM) celebra, na segunda-feira, 18, o 10º aniversário do processo de Yaoundé, considerado um marco crucial na colaboração regional para combater o crime transnacional e fortalecer a segurança na região da CEDEAO.
O evento, a ter lugar Centro de Conferências da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) em Palmarejo Grande, decorre sob o tema “Impactos do Processo de Yaoundé na Segurança e Protecção no domínio marítimo da CEDEAO” e contará com a participação de diversas personalidades e entidades.
A conferência centrar-se-á na cooperação entre os Estados membros da Zona G. Oficiais das marinhas de Cabo Verde, da Gâmbia, da Guiné-Bissau e do Senegal participarão em debates sobre estratégias comuns e acções de colaboração.
Participação multidisciplinar
O evento, de acordo com a organização, inclui apresentações, painéis de discussão e momentos de reflexão, proporcionando uma visão abrangente dos progressos alcançados e dos desafios a enfrentar para fortalecer a segurança e protecção no domínio marítimo da CEDEAO.
“Sob a presidência do Ministério da Defesa Nacional de Cabo Verde, esta importante efeméride reunirá representantes de diversos sectores, nomeadamente, a Comissão da CEDEAO, o Corpo Diplomático acreditado em Cabo Verde, Instituições da República, académicos, professores, investigadores e estudantes universitários e estruturas cabo-verdianas envolvidas na Acção do Estado no Mar”, informou.
Sediado na Praia
O Centro de Coordenação Marítima da Zona G, sediada na Cidade da Praia, integra a arquitectura de segurança marítima de Yaoundé, da qual também fazem parte Gâmbia, Guiné-Bissau, Mali e Senegal.
A decisão da criação de um Centro Multinacional de Coordenação Marítima da Zona G saiu de uma reunião interministerial da CEDEAO, da Comunidade Económica dos Estados da África Central e da Comissão do Golfo da Guiné, realizada em 19 de Março de 2013, em Cotonou, sobre a protecção e segurança marítima nas regiões da África Ocidental e Central.
Em 2017, o Governo de Cabo Verde manifestou a sua disponibilidade para acolher a sua sede, no Porto da Praia, para controlar todo o tráfego marítimo internacional na zona e partilhar informações com os demais quatro centros existentes em África.