O Banco de Cabo Verde (BCV) conta concluir até Maio a sua análise à venda do Banco Comercial do Atlântico (BCA). A informação foi dada nesta quinta-feira, 03, pelo Governador do Banco de Cabo Verde.
A análise do BCV vem na sequência da decisão do banco português Caixa Geral de Depósitos (CGD) em vendar a sua participação no BCA ao grupo Coris, do Burkina Faso.
Óscar Santos salientou que o processo “ainda não está fechado”, mas concluiu que, em meados de Maio, o BCV poderá ter “uma decisão” final. “Não há uma decisão, o processo está em aberto”, enfatizou o governador do banco central cabo-verdiano.
Decisão adiada
Anteriormente, Óscar Santos havia apontado uma decisão para final de 2024 e, questionado nesse sentido, reconheceu ter-se tratado apenas de uma previsão, sublinhando que é preciso “seguir a lei e há um conjunto de questões que são levantadas”, fazendo com que os prazos sejam mais dilatados.
“Quando se contam prazos, não é apenas olhar para o calendário, porque há eventos que os suspendem e levam a uma nova contagem”, disse ainda Santos, salientando que o BCV está a cumprir os prazos a que a lei obriga.
Mais de 70 milhões de euros em causa
Recordamos que a CGD anunciou, um ano atrás, a venda sua participação maioritária no BCA, num montante de 59,81 porcento (%) do capital social, à Coris Holdings. Uma venda que será efetuada no valor de 70,5 milhões de euros. No entanto, a concretização do negócio está dependente de formalidade legais cabo-verdianas, nomeadamente, de um parecer do Banco de Cabo Verde.
A alienação da participação da CGD decorre da reorganização da sua atividade internacional, mas o banco português mantém presença em Cabo Verde através do Banco Interatlântico.
Por sua vez, a Coris Holding tem organizadas as suas principais actividades no sector bancário, com nove filiais na Costa do Marfim, Mali, Togo, Benim, Senegal, Níger, Guiné-Bissau e Guiné-Conacri, para além do Burkina Faso, onde está cotada em bolsa.
Alte Pinho
c/Lusa
