Morreu, em Lisboa, Portugal, o antigo diplomata e combatente da Liberdade da Pátria Silvino Lopes, “uma pessoa sempre disponível, atento, solidário e amigo, de conversa sempre agradável”, a “personificação da própria história da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, da sua criação, obstáculos superados e trabalho desenvolvido, ano após ano”.
Em reações à partida do veterano Diplomata cabo-verdiano, Jorge Tolentino recordou Silvino Lopes como um dos integrantes do “primeiro e minúsculo pelotão” da Embaixada de Cabo Verde em Portugal e “a nossa primeira leva de Profissionais da Diplomacia”.
Tolentino escreve que Silvino Lopes era um “Diplomata de nascença”, portador de uma genuína e cativante elegância no ser e no agir”, que atendia a todos e tinha empatia com os problemas da comunidade e um homem e profissional preocupado em procurar soluções.
Segundo o mesmo Silvino Lopes era a personificação da própria história da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, da sua criação, obstáculos superados e trabalho desenvolvido, ano após ano.
“Um dos que simbolizavam a representação do Estado cabo-verdiano”
“Naqueles idos de setentas e oitentas, o nome dele era já, e muito legitimamente, um dos que simbolizavam a representação do Estado cabo-verdiano em Lisboa. ‘O Senhor Silvino da Embaixada’, dizia-se. Mais tarde, também levou a sua marca de profissionalismo e gentileza ao Protocolo do Chefe de Estado, no caso o Comandante Pedro Pires, e à chefia do então Consulado Geral em Madrid”, conta Jorge Tolentino.
“Com ele parte igualmente um arquivo vivo”, diz ainda.
Tolentino finaliza a sua “singela homenagem” recordando o malogrado como uma pessoa sempre disponível, atento, solidário e amigo, de conversa sempre agradável, “com boas ‘partidas’ e pirraças à moda crioula”.
“Silvino Lopes, o muito nosso Silvino, era, antes de mais, um Cabo-Verdiano de uma imensa simplicidade e um coração enorme. Assim o conheci nos inícios de 80 e assim o fui vendo sempre, ao longo destes anos todos em que, a mais de colegas de profissão, tive a sorte de o ter como amigo.De muita saudade já, este meu aceno de despedida. Que tenha um eterno descanso!”, escreve, exprimindo as suas condolências à família de Silvino Lopes.
