O governo acaba de demitir o Conselho de Administração da TACV, que desde Junho passado era encabeçado por Pedro Barros. Em causa os últimos acontecimentos relacionados com problemas com 2 aeronaves, durante o último fim de semana, que obrigaram inclusive a que a tripulação tivesse de acionar o “may day” de emergência. A medida é o culminar das instabilidades no sector dos transportes aéreos domésticos, verificadas nas últimas semanas.
A informação foi confirmada no Jornal da Noite de ontem da televisão de Cabo Verde (TCV) pelo ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira, que tutela o setor dos transportes.
Citado pela RDP África, o mesmo defendeu a necessidade de se reforçar a eficiência de funcionamento da TACV que, como se sabe, há muito vem registado problemas especialmente no sector interilhas.
“Pedro Barros não pediu a demissão. O que há é, de facto, um acordo para a mudança da governança da empresa. Isto quer dizer o quê? Significa que vai haver mudança a nível do Conselho de Ministérios. Sairá, portanto, alguns administradores, já ficará outro e haverá mudança a nível do Conselho de Administração”.
Linha Aéreas de Cabo Verde começa a operar ainda neste trimestre
Sá Nogueira disse mesmo considerar anormal a avaria em simultâneo em dois aviões nos últimos fins de semana e avançou que a Linhas Aéreas de Cabo Verde, criada este ano para gerir as ligações aéreas domésticas, deverá começar a operar ainda durante este trimestre, inicialmente com duas aeronaves.
“Já tem todos os processos praticamente aprovados pela Autoridade Aeronáutica Civil, o que significa que chegando às duas aeronaves, mesmo entrando na TACV, imediatamente poderá, em 15, 30 dias, ser transferido para a Linhas Aéreas de Cabo Verde”.
Recorde-se que esta demissão do Conselho de Administração em peso surge na sequência dos últimos acontecimentos relacionados com problemas com 2 aeronaves, durante o último fim de semana, que obrigaram inclusive a que a tripulação tivesse de acionar o “may day” de emergência.
A medida é o culminar das instabilidades no sector dos transportes aéreos domésticos, verificadas nas últimas semanas.
Neste momento, a companhia está a recorrer aos Boeings para escoar passageiros das ilhas onde existem aeroportos internacionais, Santiago, Sal, São Vicente e Boa Vista e a recorrer a navios para dar resposta aos passageiros retidos nas ilhas que têm aeródromos e não comportam as operações dos Boeings.
C/RDP África
