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Mundial 2026: Dailon, herói do último jogo, trocou o futebol pela dança durante um ano

Dailon Livramento, marcador do goloço da vitória frente aos Camarões na última terça-feira, 09, trocou o futebol pela dança – a sua outra paixão – antes de se impor nos Países Baixos. A transferência no verão de 2024 para o Hellas Verona por 600 mil euros, após seis meses com o estatuto de titular no modesto MVV Maastricht, surpreendeu toda a gente no clube.

Dailon Livramento, último reforço dos portugueses do Casa Pia neste mercado de verão por empréstimo do Hellas Verona de Itália, é natural de Roterdão, mas de sangue cabo-verdiano, voltou a ser decisivo, depois de já ter dado uma vitória importantíssima em Angola, em março (1-2), com um bis, granjeando um estatuto de herói numa modalidade da qual chegou a desistir… em prol da dança.

“Cresci numa família de músicos, a minha mãe é cantora, o meu pai era DJ e o meu irmão [e agente] faz parte de um grupo popular chamado Broederliefde. Ele às vezes dizia-me que essa é a razão de eu ser tão dotado com os pés. Eu era um grande fã do Michael Jackson e a dada altura a dança estava a correr tão bem que pus o futebol de lado”, revelou Dailon em novembro de 2024, à Imprensa dos Países Baixos.

Da estreia num escalão principal à chamada aos Tubarões Azuis

O hiato demorou um ano, altura em que a paixão do futebol voltou a falar mais alto. Após concluir a formação no NAC Breda, mudou-se para o Roda e mais tarde para o MVV Maastricht, onde é ainda hoje visto como a mais surpreendente transferência de sempre: no verão de 2024, depois de apenas seis meses com o estatuto de titular no clube da II Liga neerlandesa – período no qual somou 11 golos em 17 jogos –, rumou a Itália para reforçar o Hellas Verona, a troco de 600 mil euros.

A estreia num escalão principal dificilmente poderia ter corrido melhor: titular diante do Nápoles (que acabaria por se sagrar campeão no fim da época), abriu a contagem numa vitória clara por 3-0. Não mais voltou a marcar pelo Verona, acabando a época com esse único golo em 30 jogos disputados (oito como opção inicial).

Chamado em março de 2024 pela primeira vez à seleção cabo-verdiana, país natal dos progenitores – que choraram quando receberam a notícia –, Dailon teve de esperar até à 12.ª internacionalização para festejar em nome próprio pela primeira vez, e logo a dobrar, no tal triunfo sobre Angola. Voltou a marcar em dose dupla no encontro seguinte, num particular com a Malásia (3-0), registando nesta terça-feira o quinto golo em 16 jogos pelos Tubarões Azuis.

C/ O Jogo

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