O presidente do Grupo Desportivo da Pretória, Paulo Neves, expressou hoje sua “profunda surpresa” e descontentamento com o atraso na decisão sobre um recurso formal apresentado pelo seu clube à Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF). O recurso, que remonta à temporada passada, contesta a utilização indevida de um jogador suspenso pelo Sport Club Santa Maria, o que, segundo a Pretória, teve um “impacto direto” na classificação final do campeonato e resultou na despromoção do clube para a segunda divisão.
Em uma conferência de imprensa realizada hoje, Paulo Neves revelou que o Grupo Desportivo da Pretória cumpriu todos os procedimentos legais ao apresentar o recurso, incluindo o pagamento da caução exigida pela FCF. O dirigente frisou que o clube entregou toda a documentação necessária e as provas objetivas para sustentar a reclamação, mas, até o momento, não obteve qualquer resposta por parte da Federação.
“Há vários meses entregamos à Federação um recurso formal, com todas as provas, e até pagámos a caução exigida. No entanto, até hoje, não recebemos qualquer resposta”, criticou o presidente do clube. Ele também destacou o impacto do atraso, uma vez que a nova temporada já começou e o Grupo Desportivo da Pretória segue competindo na segunda divisão, apesar de acreditar que, se o recurso fosse aceito, o clube deveria estar jogando na primeira divisão.
Regras iguais para todos
Paulo Neves destacou que se trata de uma questão de regras claras e objetivas.
“As regras servem para todos. Estamos a falar de uma situação que não é de interpretação, mas sim de aplicação das normas”, disse o dirigente.
O presidente fez um apelo à FCF pela celeridade e transparência na resolução do caso, destacando a importância de se manter a integridade e a justiça no desporto. “O desporto precisa de credibilidade, justiça e transparência. Quando uma Federação demora meses para decidir algo tão claro, quem perde é o futebol e todos os que acreditam na verdade desportiva”, afirmou Neves.
Por fim, reiterou o desejo do Grupo Desportivo da Pretória de competir onde merece, com base nas regras do jogo, e pediu respeito pelo trabalho da sua equipa. “Queremos apenas o que é justo. Estamos a pedir respeito e uma decisão rápida para que possamos seguir em frente com o nosso trabalho”, concluiu.
C/ inforpress



