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Política

Santiago: UCID pede ao Governo para pôr em prática plano de mitigação da seca

O líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, avançou que  que o Governo deve pôr em pratica “imediatamente”, o plano de mitigação da seca, isto porque a situação no interior de Santiago é “preocupante”.

António Monteiro falava à Inforpress, no passado sábado (2), no âmbito de uma visita aos concelhos de São Domingos, Santa Cruz, Calheta e Tarrafal. Este responsável disse que se o programa existisse tal como afirma o Governo, haveria a possibilidade de abrirem alguns postos de trabalho, os jovens e os responsáveis chefes de família não estariam a exigir a abertura de frentes de trabalho.

conforme realçou, o que ouviu da boca das pessoas é que é preciso criar rapidamente oportunidades de emprego nesses concelhos para que as pessoas afetadas pela seca e mau ano agrícola tenham emprego e rendimento para as famílias.

“O Governo precisa rapidamente pôr em prática esse plano, porque uma coisa é dizer que vão pôr e outra coisa é aquilo que está a acontecer, porque, na prática, com todas as pessoas que nós falamos não houve uma única que nos dissesse que estava bem porque o Governo abriu postos de trabalho”, explicou António Monteiro, para quem o quadro é preocupante.

“Sem dúvida que a situação é preocupante e exige que o Governo tome medidas o mais rapidamente possível. Nós vimos e ouvimos, e aqui não está um problema de uma percepção da UCID”, defendeu.

Por ser uma região com forte pendor agrícola, o líder da UCID disse que esperava que o Governo acima de tudo pudesse ter ordenado a abertura de algumas frentes de trabalho para permitir que as pessoas pudessem encontrar uma saída no trabalho nas Frentes de Alta Intensidade de Mão de Obra (FAIMO).

No entanto, em algumas localidades como Monte Negro, Milho Branco, Renque Purga, conforme o político “ainda não há dificuldades a assinalar” em termos de pasto, porque a população considera que a chuva que caiu, mesmo sendo pouca, conseguiu fazer brotar da terra a palha para alimentar os animais.

Relativamente à água também não têm tido grande problema, acrescentou, realçando que nestas localidades as pessoas querem é que se abrem postos de trabalho.

Durante essas visitas, o presidente da UCID disse também ter constatado problemas com a qualidade de algumas habitações. Um assunto que, ajuntou, o seu partido tem “sistematicamente levado ao Parlamento e à comunicação social”, mas apesar de o Governo ter anunciado o Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRAA) que poderia resolver estes problemas, ainda as pessoas continuam a reclamar.

“Gostaríamos que neste caso em concreto, nessa altura que não chove e devido à a necessidade de dar trabalho às pessoas, o Governo e as câmaras pensassem em aproveitar este momento de dificuldade para poder se avançar com a recuperação dessas casas”, sugeriu António Monteiro para quem outro problema que ficou vincado foi a falta de água para a rega, sobretudo na zona de Achada Grande.

“Os agricultores dizem-nos que começa a escassear água para a rega, dizem-nos que é preciso que o Governo preste um pouco mais de atenção relativamente à possibilidade de se abrir mais furos de pesquisa ou criar condições para melhorar a qualidade de água porque consideram que a água tem um teor de sal bastante elevado e sendo assim há dificuldade em eles poderem garantir as suas culturas”, afiançou o presidente da UCID.

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