PUB

Mundo

Bolívia: PR Evo Morales renuncia ao cargo acusado de fraude eleitoral 

Num discurso transmitido na TV estatal, Morales, reeleito no dia 20 de Outubro ao quarto mandato, acusou os líderes da Oposição. “Renuncio a meu cargo de Presidente para que Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho não continuem perseguindo dirigentes sociais”, disse Morales ,em Cochabamba.

O primeiro PR indígena da Bolívia defendeu seu legado que – segundo ele -, levou o progresso económico e social a um dos países mais pobres da América Latina. “Estamos deixando a Bolívia com muitas conquistas sociais”, disse em sua mensagem de renúncia o Presidente de 60 anos.

Morales afrimou que não abandonaria o seu País, mas o México se ofereceu para recebê-lo, “conforme sua tradição de asilo”, escreveu o chanceler Marcelo Ebrard, que falou em “20 personalidades do Executivo e do Legislativo da Bolívia” asiladas na Embaixada Mexicana, na Capital boliviana.

O Presidente da Câmara de Deputados, Víctor Borda, e o ministro de Mineração, César Navarro, foram alguns dos dirigentes que renunciaram durante o dia depois que suas casas foram atacadas por opositores. A saída de Morales precedeu as primeiras detenções de membros da Entidade Eleitoral, que certificou sua vitória na primeiro volta.

O candidato opositor e ex-Presidente, Carlos Mesa, disse que os bolivianos “deram uma lição ao mundo”. A Praça Murillo de La Paz, onde fica o Palácio Quemado, foi tomada por bolivianos, que comemoravam a renúncia de Morales, que governou a Bolívia por quase 14 anos, um recorde nacional. A Bolívia vive, agora, um vazio de poder, com a renúncia de todas as autoridades que formavam a linha de sucessão constitucional.

A Constituição boliviana prevê que a sucessão começa com o vice-Presidente, depois passa para o líder do Senado e, depois, para o titular da Câmara dos Deputados. Mas todos eles renunciaram com Morales.

Após sua saída do poder, a Polícia prendeu a presidente do Tribunal Eleitoral da Bolívia (TSE) e outras autoridades eleitorais, por ordem do Ministério Público, que investiga as irregularidades nas últimas Eleições.

Diversos responsáveis da esquerda latino-americana, incluindo a Argentina, Cuba, Nicarágua e Venezuela, assim como o ex-Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, condenaram um “golpe de estado”.

Com RFI

PUB

PUB

PUB

To Top