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Cinco profissionais da mídia mortos em menos de dois meses no Sudão

O jornalista Ahmed Mohamed Saleh Sayyidna, diretor do Setor de Rádio da Corporação Estatal de Rádio e Televisão de Darfur do Norte, foi morto no último dia 13 de abril durante um bombardeio indiscriminado realizado pela Força de Apoio Rápido (RSF) na cidade de El Fasher, no Sudão. Sayyidna é a quinta vítima do setor da comunicação no país em menos de dois meses.

A morte de Sayyidna ocorreu em poucas semanas após o assassinato de três jornalistas e um motorista da Televisão Nacional Sudanesa, no dia 1º de março, na capital, Cartum. Os profissionais cobriam atividades no palácio presidencial quando foram atingidos por um ataque de drone, atribuído à milícia RSF.

 As vítimas do ataque de março foram: Farouk Ahmed Mohamed Al-Zaher, produtor de programas,Ibrahim Mohamed Mudawi, diretor de programas, Magdy Abdel Rahman Fakhr El-Din, cinegrafista e o Waji Jaafar Mohammed Onwar, motorista.

Sudão é o país africano mais letal para jornalistas

Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), o Sudão foi o país africano mais letal para jornalistas em 2024, e os primeiros meses de 2025 mostram uma tendência igualmente alarmante. A FIJ, junto com a União de Jornalistas Sudaneses (SJU), condenou veementemente os ataques e exigiu investigações rápidas e imparciais para levar os responsáveis à justiça.

Jornalistas são civis e devem ser protegido

O secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger, reforçou que jornalistas não podem ser alvos, mesmo em zonas de conflito.

“Lamentamos os assassinatos ultrajantes de nossos colegas. Jornalistas são civis e devem ser protegidos em todos os momentos, especialmente durante a guerra. Atacar profissionais da mídia é completamente inaceitável e não pode ser ignorado.”

Conflito no Sudão entra no terceiro ano

A guerra no Sudão entra em seu terceiro ano, e os ataques a jornalistas demonstram um aumento da violência contra a liberdade de imprensa e os direitos humanos. A SJU alertou para a crescente insegurança enfrentada por profissionais da comunicação, exigindo medidas concretas de proteção por parte das autoridades e da comunidade internacional.

Leliane Semedo

*Estágiaria

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