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Conclave começa no Vaticano para eleger o novo Papa

Após a morte, funeral e enterro do Papa Francisco, a Igreja Católica iniciou os preparativos para escolher o novo líder da instituição. Seguindo os ritos tradicionais, o conclave para eleição do novo papa foi convocado de 15 a 20 dias após o falecimento, e teve início hoje com a celebração da missa “Pro Eligendo Pontifice”, na Basílica de São Pedro, conduzida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.

Ao todo, 133 cardeais de 70 países, sendo que dois cardeais eleitores não estarão presentes por motivos de saúde (um cardeal sérvio e outro espanhol), estando totalmente isolados do mundo exterior. Os telemóveis foram recolhidos, e as ligações móveis e arredores do vaticano estão bloqueadas para os impedir de comunicar até escolherem o novo líder para a igreja católica

Dos grupos de cardeais eleitores, 108 foram nomeados pelo próprio Papa Francisco, como Mongólia, Suécia, Tonga e também Cabo Verde, com o cardeal Dom Arlindo Furtado, que aparece como o número 45 na lista de votação.

A primeira sessão ocorre por volta das 15h30

Caso o Papa seja escolhido na primeira sessão, a fumaça branca pode ser vista ainda hoje, sinalizando que o novo Papa foi escolhido. Se não houver consenso, será emitida fumaça preta, indicando que nenhuma decisão foi tomada.

O anúncio do novo Papa, o tradicional “Habemus Papam”, costuma ocorrer entre 45 minutos e uma hora após a fumaça branca, com a apresentação oficial do eleito na sacada da Basílica de São Pedro.

A partir do segundo dia, o ritmo das votações será de quatro votações por dia: duas pela manhã e duas à tarde. No entanto, o público só verá duas fumaças diárias às 12h e às 17h30 (horários locais).

As ausências são de um cardeal sérvio e outro espanhol. O idioma oficial do conclave é o italiano, mas há intérpretes para auxiliar na comunicação.

Como funciona a votação no conclave

Nove cardeais são escolhidos por sorteio para funções específicas: três escrutinadores, que contam os votos; três infirmarii, responsáveis por recolher os votos de cardeais doentes; e três revisores, encarregados de verificar a contagem.

Cada cardeal recebe uma cédula com a inscrição “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) e um espaço em branco abaixo, onde deve escrever o nome do candidato de forma manual, com caligrafia irreconhecível. É proibido votar em si próprio.

As cédulas são depois dobradas e depositadas em uma urna especial. Ao fim de cada turno (manhã e tarde), os votos são queimados: se não houver eleição, a fumaça gerada é preta; caso o novo Papa seja escolhido, a fumaça é branca, anunciando ao mundo a decisão.

Adelise Furtado

Estagiária

C/RTC, O Globo

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