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Santiago

Praia: Polícia Municipal volta a pedir melhores condições de trabalho e armamento para garantir segurança no festival da Gamboa

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviço, em conjunto com a Polícia Municipal da Praia, representado por Agilson Lopes, voltou a denunciar a precariedade das condições de trabalho da classe e exigiu da autarquia praiense armamento e segurança para a edição de 2025 do Festival da Gamboa, agendado para amanhã, 16 e sábado, 17. Caso as reivindicações não sejam atendidas, a classe diz que vai avançar “com novas formas de lutra”.

Segundo Benito de Paula Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviço (STCS), desde a transição da Guarda Municipal para a Polícia Municipal, ocorrida em junho de 2024 “nada mudou a não ser o fardamento e o título de Polícia Municipal”.

Benito de Paula Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviço (STCS)

Benito diz que aguarda, há dois meses, por uma resposta da edilidade a uma missiva para agendamento de um encontro para discutir as reivindicações da classe.

“Já enviamos vários e-mails, nenhum dos quais teve resposta e a classe sente-se muito desrespeitada”, salienta, afirmando inclusive que os agentes da Polícia Municipal têm sofrido bullying nas ruas, vindo de munícipes o que tem “gerado grandes conflitos com a população”.

Segundo a mesma fonte, esse problema advém porque os agentes da Polícia Municipal continuam sem armamento e com poucos materiais de segurança, o que, conforme salientou, compromete tanto a segurança dos profissionais quanto da população.

“No Sal e em São Vicente, onde o processo de criação da Polícia Municipal começou depois, já dispõe de armamento, pelo que não entendemos a apatia da Câmara Municipal da Praia em relação a essa situação”, questiona Benito.

Uniforme fluorescente torna agentes “possíveis alvos” na Gamboa

Como avança Benito, já foi destacado um contingente para ajudar no reforço da segurança no festival da Gamboa, contudo sem armamento e sem condições de segurança e com os uniformes novos fluorescentes, os agentes acabam por se tornar “potenciais alvos” em caso de desordem.

Agilson Lopes, representante da Associação dos Agentes da Polícia Municipal da Praia

Segundo Agilson Lopes, representante da Associação dos Agentes da Polícia Municipal da Praia, o facto da classe não poder garantir nem a sua própria segurança nem a dos munícipes, muito por falta de armamento, mexe com o “brio profissional” dos agentes, que “somente têm o título de agente de autoridade”.

Agilson garante que a classe está preparada e tem formação especifica para ter armamento, estando neste momento só a aguardar a edilidade para resolver a questão “de uma vez por todas”.

“Apelamos à Câmara Municipal que nos ouça, queremos discutir e resolver esta e outras questões que constam do nosso caderno de reivindicações. As condições de trabalho que temos são precárias, as instalações da Polícia Municipal são precárias, a frota de viaturas tem mais de 14 anos”, afirma.

Segundo o mesmo, o armamento é uma reivindicação básica já que, como explica, o agente só pode garantir a segurança dos munícipes se ele próprio estiver seguro.

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