A exposição “OLHAR’ÈS”, do artista plástico cabo-verdiano Délio Leite, que propõe uma “reflexão profunda” sobre a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres em Cabo Verde, está patente até ao dia 18 de Junho no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Praia.
A exposição, estreada no passado dia 30 de Maio, está integrada no programa oficial das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional e, segundo Délio “Deydsenh” Leite, dá voz e visibilidade a mulheres que, ao longo da história nacional, desempenharam papéis fundamentais no desenvolvimento do país, mas cujos contributos nem sempre foram reconhecidos.
Pintura, fotografia e poesia
O artista convida o espectador a revisitar a memória coletiva, a repensar o papel das mulheres na história nacional e a questionar os mecanismos sociais que perpetuam a desigualdade, imortalizados em “retratos expressivos e composições simbólicas”.
Sobre Délio Leite
Délio Leite nasceu na Ribeira Grande de Santo Antão, tem 42 anos e actualmente vive em Portugal. É formado em Arquitetura mas há sete anos que se dedica à arte, como diz, “a sua verdadeira vocação”.
Délio foi o responsável, por exemplo, pela criação do pano de fundo do palco da edição 2025 do Kriol Jazz Festival (KJF) que, como contou na altura, teve a ideia de pintar retratos dos míticos artistas cabo-verdianos Cesária Évora, Ildo Lobo, Totinho (homenageado da edição 2025 do KJF) e Bana, tendo o pano de terra como fundo.
