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Estudo da letra C: Terceira Letra: “Ser culto es el único modo de ser libre”

Por: Francisco Fragoso*

José Martí

  • §§ Letra C: O Camelo §§§

A letra C, terceira letra do alfabeto, deriva da terceira letra do alfabeto

proto sinaíto: guímel.

O vocábulo guímel vem do vocábulo gamal que significa o “camelo”. Graças à sua bossa pode transportar a água e atravessar o deserto,

a fronteira. É o veículo “qui porte au-delà”. Permite a viagem, a separação geográfica, a rotura psicológica!

Como para o aleph-touro, o guímel é, em primeiro lugar um animal desenhado por inteiro:

  • Pictograma que representa um camelo. §

Por redução, a parte importante do desenho substitui o todo!

O desenhador-escrevente originário vai escolher no desenho que

é o mais representativo do camelo. O pescoço? A sua bossa? Os comentadores estão divididos sobre o assunto: os que pendem para

os pescoços passam do pictograma completo ao pictograma reduzido, vendo aí o pescoço do camelo. Os outros veem nisso a bossa.

J.- G. Février emite uma reserva quanto ao camelo que assevera

foi introduzido tardiamente na tradição e na cultura semítica.

Os textos bíblicos infirmam vivamente esta ideia. O camelo é

um elemento que faz plenamente parte da paisagem semítica,

desde muitíssimo tempo, quando implanta o alfabeto proto

sinaíto!

Trata-se, efetivamente de camelo e, mais particularmente a “bossa”. Esta é o elemento mais essencial que o pescoço e justifica destarte

 a metonímia que toma uma parte importante e característica para representar o todo! Todavia, segundo numerosos esquemas, o alongamento do traço vertical deixa pensar, de preferência

no pescoço do camelo.

Leon Benveniste propõe que o guímel remete indiferentemente

à bossa ou ao pescoço (…).

Em todos os casos, o pictograma de origem seria o camelo!

 

Passagem a escrita grega:

A passagem em grego segue o processo de inversão do sentido

da escrita (. . .)!

 

Comentário assertivamente eloquente e, assaz pertinente:

Na verdade, com efeito: se se passa do fenício arcaico ao grego sem problema, a passagem do grego ao romano via etrusco faz-se no caso do gama por caminhos mais complexos. Os Etruscos não possuíam o som “g”. Não podiam destarte pronunciar a explosiva dublado “g”. Em consequência, utilizaram a terceira letra do alfabeto grego, gama < ou C com o valor fonético de K. Por conseguinte para o som “k” empregaram três sinais: k à frente de A (ka), C diante de E e I (ce, ci) e Q a frente de U (qu). Esta utilização passou em latim arcaico como uma réplica do Etrusco. O K do latim primitivo sobreviveu a frente do A em alguns vocábulos/sintagmas como Kalendar, donde deriva “calendrier”. De anotar, com ênfase, que em Francês, as três mesmas letras subsistem com o som “k”: ke, ca, qu.

Vale a pena, sublinhar antes de mais que a influência do Etrusco sobre o alfabeto Latino se mede a propósito na medida em que os Latinos seguiram a utilização Etrusca do gama grego, escrito sob a forma “c” (como, aliás, no alfabeto grego de Coríntia) para representar o som “k” (cena, cura, catena, civis, corium).

Enfim: Originalmente, em latim a letra “c” podia ser pronunciada

 “k” como em caesar, donde vem o vocábulo alemão Kaiser

ou hebreu kessar (. . .). Podia outrossim ser pronunciado “g” como em Caius, pronunciado Gaius. Aproximadamente 250 antes

J.- C., os Romanos introduziram uma nova letra o G que apenas era

um C ligeiramente modificado para se tornar de modo específico a explosiva dublada G. Para evitar modificar a ordem do alfabeto, a nova letra G ocupou o espaço da letra grega Z (dzéta) que os Latinos herdaram, entretanto da qual não tinham a utilização, de sorte que

 o lugar encontrava-se disponível. Mais tarde, no decurso do Iº século antes J.- C., aquando dos contactos mais próximos com os Gregos

se tornaram necessária a transcrição de termos gregos, os Latinos reintegraram o Z no alfabeto: como tinha perdido o seu lugar foi acrescentada no fim, onde ela permanece ainda, presentemente. Deste modo, podemos compreender a evolução do guímel, desde a bossa ou o pescoço do camelo proto sinaíto ou se prosseguindo pelo fenício arcaico. Ulteriormente pelo gama grego ou o C.: Que se transforma C (a pronunciar “k”) em Etrusco C. Por seu turno, transformam-se “gu” em latim e se escreve com uma pequena modificação para o distinguir do “ka” (acrescenta-se-lhe uma pequena barra e um arredondado C G. (. . .).

  • QUADRO RECAPITULATIVO DO C” DERIVADO DO GUIMEL §
  1. Nome:

O C é na origem um G, primeira letra do vocábulo guímel derivado do gamal, que em Hebreu significa “Camelo”.

  1. Formas originais em proto sinaíto:

Camelo, pescoço de camelo, bossa de camelo.

  1. Formas clássicas do GUIMEL, em Hebreu moderno & Clássico:

Escrita quadrada — Escrita cursiva. Esta forma definitiva da escrita quadrada encontra o seu vínculo com o proto sinaíto de modo seguinte: A bossa de camelo escreveu-se, aumentando o primeiro traço . . .

  1. Sentidos originários:

Levar a força primordial até para além, no exterior do seu domicílio doméstico!

  1. Sentidos Derivados:

Sair de si, rotura, levar para outro, fazer bem

  1. Sentidos adquiridos e memorizados pela língua hebraica:

Amadurecer, desmamar, fazer amadurecer;

Libertar-se, romper com;

Recompensa, compensação, fazer bem;

— pensão, reforma, segurança reforma (…)

  1. Valor numérico:

 

 

Feito em BROCKTON/BOSTON (USA)

Na data de Hoje: 17 Junho 2025

*MÉDICO & HUMANISTA

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