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Diáspora

Agravamento das leis para imigrantes: PR cabo-verdiano deixa aviso ao Governo português

O presidente da República de Cabo Verde pediu “prudência” ao Governo português antes de se agravarem as leis para os imigrantes dos PALOP. Ressalvando que é necessário acatar as resoluções democráticas de cada país, José Maria Neves lembrou que também emigram muitos portugueses e, por essa razão, é preciso ponderar sobre o que se decide.

Em entrevista à TSF, José Maria Neves – que se encontra de passagem por Odemira, no Algarve, para participar no Festival MED que, este ano, tem Cabo Verde como “País Convidado” – deixou um aviso ao Governo de Lisboa, lembrando que mobilidade e emigração existirão sempre.

O Presidente da República comentava as propostas de alteração às regras de imigração e nacionalidade, aprovadas pelo Governo liderado por Luís Montenegro, que passarão a ser ainda mais apertadas, nomeadamente no que respeita aos prazos mínimos de residência para aceder à cidadania portuguesa, mas também no que diz respeito ao reagrupamento familiar.

“Temos de ver essas relações de troca, de intercâmbio, de amizade e procurar ser o mais justos e o mais prudentes possível”, disse José Maria Neves, sublinhando que se deve “reflectir muito antes de agravar essas medidas nos diferentes países de expressão portuguesa”.

O chefe de Estado cabo-verdiano disse, ainda, que “independentemente dessas discussões neste momento, a mobilidade humana vai continuar porque os países precisam, as economias precisam, a própria vida cultural dos diferentes países também”.

Concluindo, José Maria Neves considerou que “por isso, temos de ser serenos e prudentes na discussão dessa questão, sem extremismos e sem polarizações”.

António Alte Pinho
C/TSF-Rádio Notícias

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