As lojas da ilha Brava enfrentam, neste momento, ruptura de bens de primeira necessidade devido à falta de transportes de mercadorias. A população apela a uma solução definitiva. E os comerciantes dizem que faltam óleo, açúcar, leite, frutas, verduras e congelados nas suas prateleiras. Uma situação que se tem revelado frequente desde a avaria do navio kriola.
José Baptista, proprietário de um dos estabelecimentos em Nova Sintra, salientou que a falta de produtos é enorme, tendo em conta que a última vez que o barco Dona Tututa atracou no Porto da Furna foi no dia 29 de Junho e os stoques já estão esgotados.
“No meu estabelecimento estão a faltar vários produtos, incluindo congelados, nunca a loja tinha sentido tanta falta de produtos como agora. O país comemorou 50 anos de independência, no entanto, a nossa ilha, que também faz parte de Cabo Verde, está nesta situação, à mercê da própria sorte, vivendo apenas de promessas”, lamentou o comerciante.
Pessoas “presas”, sem alimentos e sem transporte
Bapista apelou à atenção do Governo para com a ilha Brava, tendo em conta que a situação é “bastante triste”, sendo que as pessoas estão obrigadas a ficar presas no município, “sem alimentos e sem transporte”.
Já o gerente de um minimercado, também situado em Nova Sintra, Benvindo Gomes, disse que a sua loja está a ficar sem stoque devido à falta de transporte.
“Açúcar, leite, frutas, verduras e congelados estão em falta na minha loja, por isso, pedimos a intervenção do Governo o mais depressa possível, ou seja, que tragam uma solução para colmatar este problema o quanto antes”, apelou Benvindo.
Por sua vez, a dona de casa Ruty de Pina manifestou a sua preocupação por não encontrar vários produtos nas lojas. considerando que a falta de transporte está a prejudicar “claramente” a Brava.
“O barco está previsto chegar amanhã, pois espero que a CV Interilhas não altere de maneira nenhuma, caso contrário, não sei o que poderá acontecer”, concluiu Ruty.
Cláudia da Cruz
*Estagiária
C/Inforpress
