O abandono do projecto do Campo Marconi, em Achada Santo António, está a gerar revolta entre os moradores, que denunciam o estado de degradação do espaço, utilizado como local de despejo de lixos e gerador de insegurança sanitária. Vedado há vários anos, continua sem qualquer intervenção para a construção de um polivalente que nunca saiu do papel.
Falando em nome dos moradores, o presidente da Associação Kelém, Gerson Pereira, classificou a situação como “lamentável, vergonhosa e uma falta de respeito” para com o bairro mais populoso da capital. E avançou que o local tem sido usado como depósito de lixo e para satisfazer necessidades fisiológicas, representando um risco sanitário, sobretudo com a chegada do calor e das chuvas.
O dirigente associativo lembrou que Achada Santo António dispõe apenas do campo de Sucupira para a prática desportiva, o que limita o surgimento de novos talentos, “por falta de oportunidades e de infra-estruturas desportivas”, num bairro que outrora foi referência no desporto. inda segundo Gerson Pereira, reuniões com a actual presidência da Câmara Municipal da Praia não esclareceram a situação do projecto.
Face à inércia, a Associação Kelém anunciou a organização de uma manifestação com moradores, associações e desportistas para exigir uma solução, e sustentando que, no local, poderia ser construído um pavilhão desportivo e um edifício multiusos ao serviço da comunidade.
Adelise Furtado
*Estagiária
C/Inforpress
