A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) avançou hoje, em comunicado, total solidariedade com a jornalista Rosana Almeida e condena “de forma veemente e categórica” os ataques, principalmente de “figuras conhecidas da nossa sociedade”, que nos últimos dias têm sido dirigidos à jornalista, na sequência de uma reportagem emitida pela Televisão de Cabo Verde (TCV).
Segundo escreve a associação sindical, são um conjunto de “agressões injustificáveis e preocupantes”, vindos de figuras conhecidas da sociedade cabo-verdiana que deveriam ser “defensoras do respeito pelo exercício livre da profissão jornalística”.
AJOC preocupada com silêncio de “figuras políticas com responsabilidades”
De acordo com a AJOC, este episódio acontece num contexto em que os profissionais da comunicação no país têm sido alvos de agressões verbais e tentativas de intimidação constantes.
“Esta forma vil de silenciamento não pode, em momento algum, ser normalizada ou tolerada numa sociedade democrática. O silêncio de figuras políticas com responsabilidades é preocupante”, assevera.
“Djunta mo” na defesa da liberdade de imprensa
A AJOC reiterou a sua missão de defender direito ao exercício livre, responsável e digno do jornalismo em Cabo Verde “sem manipulações, sem pessoalizações e com elevado sentido de responsabilidade pública” e reforçou a sua solidariedade para com a jornalista Rosana Almeida e disponibilidade para acompanhar outras situações em que a integridade, a liberdade e o exercício da profissão jornalística sejam postas em causa.
A associação sindical pediu ainda o envolvimento de todos os jornalistas na defesa da liberdade de imprensa e na defesa dos princípios que norteiam o jornalismo “sério, livre e comprometido com a verdade dos factos”.
Manuel Miranda
30 de Julho, 2025 at 17:06
A liberdade de imprensa é sistematicamente atropelada pelo máquina do poder que não yer saber da verdade e quer o silêncio do povo. Força Rosana Almeida. Que fez um bom trabalho e continua sempre assim.