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Economia

Fogo: Vinhos “Nhô Djemi” e “Teresa Fontes” lançados oficialmente no sábado

Os vinhos “Nhô Djemi” (tinto) e “Teresa Fontes” (branco), que homenageiam o legado da família Fontes, e o potencial vitivinícola da ilha do Fogo, vão ser lançados oficialmente no próximo sábado, 23, na ilha do vulcão. A iniciativa, integrada no projeto Monte Losna, procura não só preservar a memória familiar de mais de cinco décadas, como também intensificar o potencial vitivinícola da ilha, posicionando Cabo Verde no mapa da produção de vinhos de identidade própria.

Os vinhos evocam a memória de Guilherme Vieira Fontes, conhecido como Nhô Djemi, um dos pioneiros no setor vinícola da ilha, e da sua esposa, Teresa Andrade Fontes.

Segundo Horácio Fontes, neto do casal e atual responsável pelo projeto, trata-se de “um tributo a um sonho que atravessou gerações” e que agora ganha nova dimensão.

Nhô Djemi regressou dos Estados Unidos com o objetivo de investir no Monte Losna, onde plantou videiras, macieiras e marmeleiros, dando origem a um dos projetos agrícolas mais promissores da ilha. Hoje, a propriedade é a maior parcela vinícola do Fogo e integra um plano de desenvolvimento conjunto com outros produtores de Chã das Caldeiras.

Vinhos com identidade própria

O tinto “Nhô Djemi” é descrito como robusto, com aromas de bagas escuras, ameixa e notas minerais, feito a partir de uvas colhidas à mão em solos vulcânicos e vinificado com métodos tradicionais aliados à experiência de um enólogo italiano.

Já o branco “Teresa Fontes” destaca notas tropicais e minerais, representando, segundo a família, a resiliência e dedicação da matriarca.

Os desafios

A produção arrancou em 2020 em parceria com a adega Monte Barro da Vinha Maria Chaves. Desde 2023, os vinhos são lançados sob marca própria, com produção 100% local. Apesar do interesse de hotéis e resorts, sobretudo na ilha do Sal, o lançamento oficial acontece apenas agora no Fogo, de forma a valorizar a comunidade e as raízes do projeto.

Entre os desafios estão a falta de incentivos fiscais, o custo de importação de garrafas e rótulos, e o difícil acesso ao terreno durante as chuvas.

Perspetivas de futuro

Monte Losna já está preparado para exportar para os Estados Unidos e tem em curso testes com aguardentes de maçã e marmelo. A família Fontes pretende ainda apostar no enoturismo, com restauração e hotelaria, de forma a posicionar Cabo Verde no mapa vinícola africano e mundial.

“É um projeto de vida. Uma bênção de Deus e do meu avô. O sonho não pode morrer”, concluiu Horácio Fontes.

C/ Inforpress

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