A União Cabo-verdiana Independente e Democrática reagiu à publicação no Boletim Oficial da alocação de 150 milhões de escudos para a construção do Monumento à Democracia e Liberdade, na Rotunda de Achada Grande Frente, na cidade da Praia.
A UCID reconhece o valor simbólico da escultura, mas afirma que o momento escolhido para realizar a despesa levanta sérias questões de oportunidade e de prioridade governativa. Em entrevista ao Mindelinsite, o presidente do partido, João Santos Luís, considerou que “Cabo Verde enfrenta desafios estruturais urgentes”.
Outras prioridades se impõe
Citou, a título de exemplo, a persistência de problemas graves de saneamento básico em centros urbanos e bairros periféricos, com consequências diretas para a saúde pública. Apontou ainda a ausência de soluções sustentáveis de transporte inter-ilhas, que continua a dificultar a mobilidade dos cidadãos e a integração económica do país.
O dirigente referiu ainda a falta de estratégias claras para a diversificação económica, num contexto de vulnerabilidade externa acentuada. João Luís defendeu que a democracia não se fortalece apenas com símbolos, mas com políticas públicas eficazes, com investimentos na qualidade de vida dos cidadãos, com justiça social e igualdade de oportunidades.
C/Mindelinsite
