Segundo a porta-voz do Gabinete de Crise, Vitória Veríssimo, as pessoas desalojadas, incluindo as que se encontram em Centros de Acolhimento, pelas chuvas, na madrugada do dia 11, vão assinar contratos de arrendamento por um tempo indefinido, com isenção de pagamento durante um ano.
Segundo explicou, o processo está a ser desenvolvido pela Câmara Municipal de São Vicente em parceria com Imobiliária, Fundiária e Habitat (IFH). A isenção no primeiro ano é uma forma de apoio directo aos prejuízos causados pelas chuvas. A medida abrange tanto as famílias que permanecem no Centro, quanto as que estão
alojadas na casa de famílias ou conhecidos.
Prejuízos na pesca
Na mesma conferência, Vitória Veríssimo informou que o Instituto do Mar (IMar) já concluiu o levantamento dos prejuízos sofridos por pescadores e peixeiras, que perderam motores de popa e equipamentos de refrigeração.
E quanto à fornecimento de água, a porta voz adiantou que a produção e distribuição pela Electra continua, mas há localidades que não estão a receber água ainda, devido a danos nas condutas provocados pelas enxurradas.
Para avaliar a situação, uma equipa multidisciplinar, composta por técnicos da Electra, da Proteção Civil e da Câmara Municipal de São Vicente, ia proceder esta manhã a uma vistoria para reparar as condutas afetadas. Enquanto isso, as sentinas de diferentes zonas continuam a ser abastecidas, garantindo que as famílias sem água canalizada possam encher os seus reservatórios.
Apelo à prevenção de doenças respiratórias
A responsável da Proteção Civil apelou ainda ao uso de máscaras, como forma de prevenir doenças respiratórias, evitando a inalação da poeira levantada pelo vento que se tem feito sentir em São Vicente.
Questionada sobre queixas de moradores que dizem não saber como obter apoio das
autoridades, especialmente do Gabinete de Crise, Vitória Veríssimo esclareceu que a função do organismo “é repor a normalidade a nível da cidade, mas cada instituição continua com as suas atribuições”.
C/Inforpress
