Há 15 mortos confirmados no descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, que ocorreu na tarde desta quarta-feira, 3 de setembro, quando a composição, que descia do miradouro de São Pedro de Alcântara em direção aos Restauradores, ficou desgovernada e chocou com um prédio da rua da Glória. O acidente deixou ainda 18 feridos, dos quais cinco em estado grave.
Já foram retiradas todas as pessoas dos destroços, pelo que no balanço final, ainda registo para 18 feridos, dos quais cinco em estado grave, e 13 feridos ligeiros, sendo que um deles é uma criança.
O Hospital de São José recebeu nove feridos, dos quais os cinco em estado grave, que foram encaminhados para a urgência geral polivalente deste hospital. Outros três feridos, um deles a criança sinalizada como ferido ligeiro, foram encaminhados para o hospital de Santa Maria, que não adiantou a sua gravidade.
O Governo vai declarar luto nacional pelas vítimas deste acidente.
O Elevador da Glória, capaz de transportar até 42 pessoas, é um dos ícones de Lisboa e é muito frequentado pelos turistas que visitam a cidade.
Ainda não se sabe a causa do acidente
Até ao momento não se sabe qual a causa do descarrilamento, algo que de acordo com o porta-voz da Proteção Civil será alvo de uma investigação por parte da Polícia Judiciária, que já isolou o local até à conclusão dos trabalhos.
“Lisboa está de luto”, disse Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que se deslocou ao local assim que soube do acidente.
“É uma tragédia que nunca aconteceu na nossa cidade. O momento é de ação e ajudar. Agradeço a todos pela resposta em pouco minutos. A única coisa que posso dizer é que é um dia muito trágico”, acrescentou, prometendo para mais tarde mais comentários sobre a situação “por respeito às famílias” das vítimas.
Segundo descarrilamento do Elevador da Glória
Refira-se que esta será a segunda vez que o elevador da Glória descarrilou, de acordo com uma notícia do jornal Público do dia 17 de maio de 2018, registou-se um incidente a 7 de maio desse ano, mas dessa vez a composição apenas saiu dos carris e não tombou, pelo que não se registaram feridos.
Carris garante que manutenção estava em dia
A Carris, empresa de transporte público rodoviário coletivo de passageiros da cidade de Lisboa, já reagiu e garante que “foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos, e que ocorreu em 2022 a reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, tendo a última sido realizada em 2024”.
A empresa afirma que “têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária” e avança que “abriu de imediato um inquérito, em conjunto com as autoridades, para apurar as reais causas deste acidente”.
C/ Diário de Notícias
