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Cultura

Ândrea Monteiro, entre a paixão pela música e o jornalismo

Com apenas 22 anos, Ândrea Monteiro já carrega no peito uma paixão profunda pela música e pela comunicação. Natural da Assomada, Cutelo, ela iniciou sua trajectória musical através do grupo coral da igreja, a convite de uma prima. Foi nesse espaço sagrado que as primeiras notas da sua vocação começaram a ecoar.

“Comecei por frequentar o grupo coral, foi um simples convite. As pessoas começaram a elogiar-me, e dali nunca mais parei”, conta Ândrea aos 12 anos, mesmo tímida, decidiu enfrentar o medo e participar do seu primeiro concurso de canto, realizado na escola primária onde estudava, onde conquistou o primeiro lugar. A vitória não apenas confirmou o seu talento, mas também foi o combustível necessário para seguir sonhando.

Apesar da timidez ter sido, em alguns momentos, um obstáculo, a jovem nunca deixou de cantar no grupo coral da igreja, onde continua até hoje. Esse espaço não só a ajudou a desenvolver sua voz, como também fortaleceu sua autoestima musical.

 “Cantar na igreja moldou-me, ajudou-me a perceber que tenho talento e que posso ir mais longe.”

Este ano participou no concurso “Kanta Ku Alma”, onde alcançou o segundo lugar, o que para Ândrea representa mais de que uma competição.

 “Cada apresentação foi mágica, conectei-me com outras pessoas que também amante da diversidade, Ândreia diz que gosta de fazer covers de vários géneros musicais, adaptando-os ao seu estilo pessoal. Também escreve suas próprias letras, mas teme ainda os expor.

 “Tenho receio em expor as minhas criações ainda, porque quero que minhas letras passem exactamente o que sinto e que tenham um impacto positivo. Ainda estou a trabalhar nisso, especialmente na parte da conexão emocional e segurança no que crio.”

O sonho de Ândrea não se limita aos palcos. Também deseja seguir carreira como jornalista, pois tem uma paixão forte pela comunicação.

Entre as suas inspirações musicais estão Mayra Andrade, cuja leveza e forma de encantar a fascinam, e artistas do rap crioulo, como Apollo G, com quem se identifica bastante.

Ândrea deixa uma mensagem inspiradora aos jovens, e apela uma mais atenção aos jovens talentos da sua cidade. “O medo de mostrar o que sabemos fazer faz parte do processo, mas é sinal de que estamos a sair da nossa zona de conforto para fazer algo que amamos. O dom só cresce quando é usado. Não esperem estar prontos, porque o começo sempre traz erros, ajustes e aprendizados, ao mesmo tempo peço mais oportunidades aos jovens da cidade de Assomada, temos jovens talentos em desporto, instrumentos, cântico, mas para crescer também precisamos de vez e voz.”

Cláudia Cruz

*Estagiária

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