Este fim de semana a cidade da Praia acolheu a primeira edição do Kafuka African Festival Film. O evento terminou no domingo e o balanço, de acordo com a organização, é muito positivo.
Natasha Craveiro, diretora artística e curadora do evento, afirmou que, apesar dos desafios, valeu a pena. “Sentimos uma enorme felicidade ao ver salas cheias durante quatro dias. Foi lindo ver as pessoas a consumir cinema africano”, afirmou. No encerramento do evento, anunciou que vão começar a trabalhar imediatamente na segunda edição, a decorrer em outubro do próximo ano.

Natasha Craveiro, diretora artística e curadora do evento
O festival decorreu de 16 a 19 de outubro, tendo reunido cineastas, produtores e amantes do cinema africano em quatro dias de exibições, debates e encontros. O programa contou ainda com uma parte dedicada ao público infantil.
Prémios e homenagens
No ato de encerramento do festival, foram homenageados os líderes comunitários Dominique Donk (Casa Lata), Adnilson Mendes (Castelão e Paiol) e Ricardina da Veiga (Eugénio Lima), como forma de reconhecimento pelo trabalho que têm desenvolvido nas respetivas comunidades.
O festival contou com vários filmes em categorias não competitivas do cinema contemporâneo nacional e do continente. Na sessão competitiva do festival, cerca de 24 filmes competiram pelos prémios Kafuka de Ouro e Prata (longas-metragens) e Kafuka Shorts Ficção e Documentário (curtas-metragens).
Nas curta-metragens, categoria Ficção, o Kafuka Short foi para o filme Sabura, do realizador Falcão Nhaga, de Portugal. Na categoria Documentário, o prémio foi atribuído a Marina, de Ricardo Leote, de Cabo Verde. Ainda nesta categoria, foi atribuída uma Menção Honrosa para o filme Nsala, de Michael Mbanza, do Congo.
Nos longa-metragem, na categoria Documentário, o vencedor (Kafuka de Ouro) foi o filme Mother City, dos realizadores Pearlie Joubert e Miki Redenlinghuys, da África do Sul. O Kafuka de Prata foi atribuído ao filme The Empty Grave, de Cece Mlai e Agnes Wegner, da Tanzânia.
Ainda nos longa-metragem, na categoria Ficção, o Kafuka de Ouro foi atribuído ao filme Minimals in a Titanic World, do realizador Philbert Sharangabo, do Ruanda. Omen, do realizador Baloji, do Congo, venceu o Kafuka de Ouro.
Organizado pela Korikaxoru Films, em parceria com o Kuletivu Nhanha e com as produtoras Ceiba Produções, Lentilhas Lda. e Nôs Raiz, o festival contou com a exibição de mais de 40 filmes, com produções de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Camarões, Congo, Quénia, Mauritânia, Moçambique, Nigéria, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Tanzânia e Uganda.
Ilda Fortes
