Um grupo de árbitros da região de Santiago Sul, que participaram no torneio municipal de futebol organizado pela Câmara Municipal de São Domingos (CMSD), manifestou-se indignado com o atraso no pagamento da segunda tranche pelos serviços prestados. O torneio realizado no mês de junho, terminou há vários meses, mas os árbitros ainda não receberam a totalidade do valor acordado. Por seu lado, a CMSD avançou que o cheque esta “pronto e assinado” esperando o levantamento de um elemento do grupo.
Segundo relatam os árbitros, conforme o acordo feito, além do atraso no pagamento da segunda parcela referente ao serviço de arbitragem dos jogos, a CMSD ainda não pagou o valor referente ao custo de deslocação dos árbitros da Praia até São Domingos.
Conforme explica Fábio Júnior, era suposto a Câmara custear o transporte, mas foi-lhes pedido que pagassem pelo seu próprio transporte e que seriam, posteriormente, reembolsados pela Câmara. Algo que diz “não aconteceu”.
E em relação ao pagamento, conta que receberam apenas a primeira tranche no final da fase de grupos, após terem assinado um acordo. A CMSD prometeu que depois da fase final do torneio receberiam o restante do pagamento.
Quatro meses à espera
Passados quatro meses, nada foi cumprido. “Cada vez que vamos à Câmara Municipal, dão desculpas de que o presidente está numa reunião ou que o vereador não está presente. É-nos pedido que voltemos no dia seguinte, e tem sido assim há quatro meses sem, no entanto, resolverem a situação”, conta Fábio Júnior, um dos árbitros lesados.
Câmara Municipal garante que cheque já está feito
Contactada pela nossa equipa de redação, a Câmara Municipal de São Domingos, refutou as acusações feitas pelos árbitros, garantindo que o cheque “já está assinado”, aguardando apenas a assinatura do representante do grupo de arbitragem, Hélio Correia Semedo, para que o levantamento possa ser feito.
No entanto, Fabio Júnior, um dos representantes diz que é “a mesma resposta” que têm recebido nos últimos 4 meses. Ou seja, sempre que se deslocam à Câmara Municipal para fazerem o levantamento do cheque, é-lhes dito que “falta a assinatura do Presidente da Câmara”.
Fábio Júnior diz que o grupo está indignado e não entende a posição da Câmara e pede que a CMSD pague o valor devido pelos serviços já prestados.



