Olímpio Varela, enfermeiro, músico, diplomata e Combatente da Liberdade da Pátria, faleceu esta Quinta-feira, na cidade da Praia, aos 90 anos, vítima de doença. Entre outros cargos exercidos, o malogrado também foi delegado do Governo na ilha da Boa Vista.
O Presidente da República, José Maria Neves, a Ordem dos Enfermeiros e o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), entre outras entidades e personalidades, consideram que o país perdeu um homem que dedicou grande parte da sua vida ao serviço público, às causas nacionais e à construção de um Cabo Verde livre e melhor para todos.
“O Enfermeiro Olimpo Varela dedicou grande parte da sua vida ao serviço da enfermagem, sendo um exemplo de profissionalismo, dedicação e humanidade. A sua contribuição para a saúde e bem-estar da comunidade permanecerá como um legado digno de reconhecimento e gratidão”, lê-se na nota da Ordem dos Enfermeiros de Cabo Verde.
“Homem maiúsculo da mais fina estirpe”
O Chefe de Estado considera que Santa Catarina de Santiago perde um “homem maiúsculo da mais fina estirpe” a quem deve muito, pela sua “verticalidade, sentido de justiça e patriotismo”
Na sua página no Facebook, Neves lembra que, em 2000, Olímpio Varela foi uma “peça fundamental” da sua candidatura à Câmara Municipal de Santa Catarina, tendo sido eleito deputado municipal.
Por sua vez, Manuel Amante da Rosa, diplomata aposentado, considera que Olímpio Varela foi um cidadão que levou o seu patriotismo até ao fim das suas forças.
“Mesmo em momentos muito difíceis para a sua saúde, em que a suas queixas foram persistentemente minimizadas, nunca esmoreceu o interesse colectivo da Nação”, afirmou Manuel Rosa.
Artigos na imprensa
Olímpio Varela, que foi um “exímio executante” do violino, também fez valer as suas preocupações, inquietudes e pontos de vista sobre os mais diversos assuntos da vida nacional através de artigos de opinião que foi publicando em vários jornais, incluindo no A Nação.



