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Começa a hoje em Belém, Brasil, a 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30)

Começa esta Segunda-feira, 10, em Belém, no Brasil, os trabalhos da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30) durante a qual representantes de 180 países vão debater, até ao final da próxima semana, o futuro imediato do planeta Terra, principalmente no sentido de reduzir a actual devastação ambiental, acelerar a transição energética, ampliar o financiamento climático e preservar a todo o custo as florestas tropicais.

Uma década após a Cimeira do Clima de Paris, França, o objetivo é passar das palavras aos actos. “O tempo das negociações acabou”, avisou o secretário-geral da Nações Unidas (ONU), António Guterres, na cimeira dos chefes de Estado e de Governo da semana passada que antecedeu o início oficial da COP30 que começa hoje.

A ONU quer que os países da COP acelerem os planos para a adaptação climática e os analistas ambientais consideram que esse passo é fundamental sem, no entanto, perder de vista a redução das emissões de gases com efeito de estufa.

Não obstante as afirmações da urgência sobre a necessidade de acções concretas, a COP30 também é confrontada com ambiguidades, nomeadamente a defesa do uso de combustíveis fósseis, como é o caso da exploração desenfreada do petróleo.

O presidente da COP-30, o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, promete uma “COP da implementação” e afirma que os países precisarão enfrentar os “elefantes na sala”, como o fim dos combustíveis fósseis e o direcionamento de recursos financeiros dos países ricos para apoiar nações mais vulneráveis.

Conter impactos das alterações climáticas

No que diz respeito às formas de conter os impactos das alterações climáticas, os analistas ambientais também defendem que o primeiro passo é conseguir financiamento para a adaptação a esses impactos.

Nesse sentido, esta COP de Belém tem como objetivo garantir cerca de 34 mil milhões de euros por ano dedicados à adaptação às alterações climáticas nos países em desenvolvimento. Refira-se que esse financiamento tem vindo a diminuir nos últimos três anos.

Recorde-se que, de acordo com a ONU, ainda há 25 países sem estratégia de adaptação às alterações climáticas e outros têm esses planos de adaptação desatualizados ou falta-lhes dinheiro para pôr as medidas em prática.

Belém, a cidade anfitriã da COP30

É a primeira vez que a Conferência do Clima das Nações Unidas se realiza na Amazónia, a maior floresta tropical do planeta, um ecossistema vital para a regulação da temperatura global, mas também um dos mais ameaçados pela desflorestação e pela mineração ilegal.

A cidade brasileira de Belém, onde decorre a COP30, é formada por inúmeras ilhas e várias delegações foram hospedadas a quase 30 km da sede da conferência. Os preços dos hotéis dispararam para até 80 vezes mais, e a segurança local, reforçada com oito mil militares das Forças Armadas, tornou extremamente difícil a movimentação, até dos moradores.

Perto de 60 mil pessoas devem estar presentes em Belém, reivindicando, apoiando ou criticando, mas só as delegações oficiais dos países terão o poder de decisão. Organizações não governamentais, activistas e indígenas ficarão em locais afastados, com agendas paralelas intensas, mas meramente simbólicas.

C/Agências

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