De acordo com Marcos Rodrigues, presidente da Câmara de Comércio do Sotavento (CCS), os preparativos para a 28.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), que acontece de 19 a 22 de Novembro, na Cidade da Praia estão nos seus ajustes finais. Segundo Marcos Rodrigues, está tudo a postos e os preparativos decorrem sem contratempos nesta recta final, mas alertou que urge construir um novo pavilhão para acolher a FIC.
Rodrigues avançou que neste momento a organização se encontra empenhada em dar resposta aos 150 inscritos e a equipa técnica está a ultimar a formatação do recinto, a construção dos espaços de exposição e os últimos detalhes operacionais, dada a dimensão do evento, considerado “o maior acontecimento promocional do tecido empresarial nacional”.
“Estamos a tomar as medidas do ponto de vista logístico e a preparar também a recepção das delegações”, disse, sublinhando que a presença massiva de empresas nacionais e internacionais confirma a importância da feira para o ambiente de negócios.
Dinâmica diferente este ano
Segundo o presidente, a CCS tem incentivado as suas associadas a aproveitarem a FIC como “porta de entrada para parcerias estratégicas”.
“Este ano há uma dinâmica diferente. Nota-se que as empresas vêm com maior preparação, com produtos mais competitivos e com vontade real de fechar negócios”, apontou, acrescentando que a feira se assume cada vez mais como “um instrumento de afirmação” do sector privado cabo-verdiano.
O líder associativo destacou ainda que a participação internacional reforça a confiança no mercado nacional e cria novas janelas de cooperação.
“Ter empresas de vários continentes é sinal de que Cabo Verde continua a ser visto como plataforma segura para investir”, enfatizou, assegurando que a CCS estará presente para facilitar contactos e acompanhar empresários que procuram expandir a sua atuação.
Marcos Rodrigues disse ainda que a FIC representa uma oportunidade para sectores que hoje ganham maior relevância, como o agronegócio, a indústria transformadora e os serviços tecnológicos, destacando a importância de continuar a espelhar a diversidade da nossa economia e a capacidade de inovação das empresas nacionais.
Urge construir um novo pavilhão para a FIC
Instado sobre as limitações do espaço, uma situação que não é nova, respondeu que, embora os empresários reconheçam a importância do evento, é urgente um investimento do Estado na construção de um novo pavilhão.
“Somos os contribuintes fiscais que produzem a riqueza e que, no fundo, colocam à disposição do Governo para a produção do Orçamento de Estado, que já vai a 80% dos recursos endógenos. E nós só queremos que uma parte mínima desse orçamento seja afetada na construção do novo equipamento”, disse.
O presidente da CCS acrescentou que ainda este ano é necessário definir uma política concreta para a construção do novo edifício, realçando que feiras internacionais são projectos de desenvolvimento.
Normalmente, continuou, os governos constroem os equipamentos e entregam a sua gestão às câmaras de comércio, que têm capacidade de promover as actividades económicas nacionais e internacionais.
Com o lema “Promovendo oportunidades para o crescimento económico em Cabo Verde”, a FIC 2025 inicia-se na quarta-feira, 19, e permanece aberta ao público até sábado, 22, na cidade da Praia.
C/Inforpress



