A Impar Seguros, que completa 33 anos de existência, lançou esta terça-feira,18, na Praia, um novo ‘branding’ da marca, com novo slogan e uniforme para os colaboradores de ‘front office’. Esta “nova largada”, que se pretende “imparável”, passa a ser liderada, agora, por Debora Carvalho, presidente do Conselho Executivo (CEO) da companhia.
O novo ‘branding’ da Impar Seguros, que assenta no slogan “A segurar Cabo Verde desde 1992, para sempre”, retrata uma nova largada dessa seguradora, contudo, assente na mesma “determinação” com que foi criada em 1992, mas com uma visão de futuro mais próxima ainda dos clientes, mais digital, moderna e prática, e de olho no enorme potencial do mercado da diáspora.
Reforçando, acima de tudo, como foi referenciado a firme determinação de serem uma empresa “100% cabo-verdiana”.
Como foi divulgado no lançamento do novo ‘branding’, o novo logotipo, onde se destaca o símbolo do infinito (∞), retrata a confiança a longo prazo que os clientes têm na empresa e sintetiza a própria força de um “Cabo Verde improvável” de há 33 anos atrás, para um “Cabo Verde imparável”, agora.
Débora Carvalho encabeça novo modelo de gestão
Este novo momento da Impar Seguros passa a ter agora Débora Carvalho (primeira-dama de Cabo Verde, como se sabe), no comando.
O anúncio da sua nomeação para CEO da empresa foi feito por Luís Vasconcelos, presidente do conselho de administração do Grupo Ímpar (que engloba também o Banco Cabo-verdiano de Negócios – BCN) durante a referida cerimónia de apresentação do novo ‘branding’ da empresa.
Depois da polémica sobre a questão do salário da primeira-dama, Débora Carvalho exercia, desde Julho de 2024, o cargo de directora coordenadora Sul da Ímpar, tendo ainda passado pela empresa de 2005 a 2011, como directora comercial e do pós-venda. Agora, é promovida a CEO.
Questionada por A NAÇÃO sobre o que é que se pode esperar da sua gestão, especialmente nesta nova fase da empresa, Débora Carvalho começou por destacar que a equipa da Comissão Executiva, que agora lidera, recebe, da equipa anterior, “a tocha/bastão, de uma empresa rentável e da confiança dos cabo-verdianos”.
“Quando entregarmos a tocha para a outra equipa que vier, a empresa deverá ser sustentável para as próximas gerações de cabo-verdianos que continuarão a confiar nesta seguradora”, acrescentou.
Sobre os desafios da empresa, doravante, entre outros, garantiu que a diáspora será um dos focos de mercado.
“Em 1992, o objectivo era mostrar que era possível viabilizar uma instituição financeira privada cabo-verdiana, num setor desafiador como o dos seguros. Tendo mostrado que é possível ir mais longe, como era a assinatura que nos acompanhou por 33 anos, hoje, a nossa promessa é ser uma força imparável. Consolidar-se como a seguradora cabo-verdiana mais rentável, apresentar as melhores soluções de seguros para todos que estejam ligados a Cabo Verde, aqui e na diáspora, fortalecer a sua relação com a sociedade cabo-verdiana, para sempre, como refere a nossa nova assinatura”.
No geral, como sintetizou, a meta é continuar a ser uma empresa sustentável, “que cuida de Cabo Verde, para sempre”.
Sinónimo de sucesso, resistência e afirmação
Luís Vasconcelos, PCA do Grupo Ímpar, mostrou-se confiante com esta nova largada, em curso na empresa, e fez questão de recuar, no tempo, para lembrar que a Ímpar Seguros teve 33 anos de “muitos desafios, algumas pedras no caminho”, mas também de um “percurso imparável”. A prova disso, argumenta, é que a companhia está firme no mercado.
“Mas, o resultado, e o porquê de estarmos aqui, hoje, é a celebração, efectivamente, de um sucesso. Um sucesso da parte da seguradora, um sucesso da afirmação de um grupo financeiro cabo-verdiano, com banco e seguros, já de importância sistémica, com relevância e peso na economia cabo-verdiana, que está a demonstrar que não estamos satisfeitos com o sucesso”, disse.
O sucesso, em si, não é um fim, mas sim um motivo para levar a empresa cada vez mais longe, num mundo onde a globalização e o digital, cada vez mais, ditam as regras. “O mundo está em mudança. A parte digital está a ganhar uma preponderância bastante grande no mercado. Vamos querer ser uma seguradora 100% tecnológica. Estamos numa fase final de o poder conseguir e passa-se, exatamente, a mesma coisa a nível da banca. Já temos a «app na mon», que já permite fazer todo o tipo de aplicações. E com a nova legislação já vamos conseguir fazer aberturas de contas digitais online, subescrever seguros à distância, não aqueles básicos formatados, mas seguros um pouco mais complexos”, contextualizou sobre as inovações em curso.
Contornar dimensão do mercado
A aposta no digital vai ao encontro daquilo que já referiu Débora Carvalho, ou seja, tentar contornar o desafio da dispersão territorial que acaba por impactar na dimensão do mercado nacional para os negócios.
“O que estamos a procurar é também cativar a diáspora. Se conseguirmos uma porção significativa da diáspora, temos aqui um potencial de crescimento enorme. Temos feito uma forte aposta, todos os anos, na imigração. Fazemos visitas a todos os principais destinos de imigração cabo-verdiana: Estados Unidos da América, Luxemburgo, França, Portugal e Holanda, levando os serviços. Agora, com a digitalização, vamos permitir que, efetivamente, consigamos fazer negócios à distância de um click”.
Tudo isto, garante Luís Vasconcelos, tem obrigado a empresa a uma série de investimentos, tendo em conta, por exemplo, a cibersegurança. “Novos desafios, novos investimentos, mas é para isso que estamos aqui e temos capitais próprios para isso. Começámos, com um capital de 200 mil contos, há 33 anos, hoje são para cima de 5 milhões investidos integralmente na economia da parte da Ímpar, e de um capital social de 900 mil contos, no BCN, já vamos em mais de 3 milhões e meio de contos”.
Leia a matéria na íntegra na Edição 951 do Jornal A Nação, de 20 de Novembro de 2025



