O Procurador-geral da República, Amadu Tidjane Baldé, afirmou esta quinta-feira,11, que não existem condições técnicas, nem materiais, para retomar ou concluir o processo eleitoral no país. O processo, recorde-se, foi interrompido após a invasão militar à sede da Comissão Nacional das Eleições (CNE), ocorrida a poucas horas da divulgação dos resultados provisórios das eleições de 23 de novembro.
Em declaração à imprensa, após inspeção completa às instalações da CNE, Amadu Tidjane Baldé concluiu que não há quaisquer elementos que permitam reconstruir os resultados, já que parte essencial dos equipamentos e das atas de apuramento foi confiscada por homens armados.
A Comissão Nacional das Eleições (CNE) havia declarado a “total impossibilidade de continuar e concluir o processo eleitoral”, devido ao “confisco de equipamentos e atas por homens armados”.
Constatação da impossibilidade de conclusão do processo
O procurador-geral esclareceu que o Ministério Público tem competência para intervir, mas frisou que não está a decretar a anulação formal do processo, apenas a constatar a impossibilidade de o concluir.
Amadu Tidjane Baldé defendeu que será necessário aguardar por uma nova data para realizar eleições, a indicar pelas “novas autoridades que emergiram da ruptura”.
Recorde-se que a invasão da sede da CNE, aconteceu horas antes do anunciado golpe de estado liderado pelo Alto Comando Militar que derrubou o regime do então presidente cessante Umaro Sissoco Embaló.
C/Rádio Sol Mansi/ Deutsche Welle



