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Educação

Demora do ME em confirmar a actualização salarial e o pagamento dos retroativos pode levar à suspensão das aulas – Sindep 

O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) voltou a alertar para os constrangimentos causados pela demora do Ministério da Educação em confirmar a actualização salarial e o pagamento dos retroactivos desde Janeiro.  Jorge Cardoso alertou que caso esse impasse se mantenha e não houver confirmação do Governo, que já na próxima semana, segunda-feira, 22, os professores poderão suspender as actividades do novo ano lectivo.

Segundo Jorge Cardoso, apesar da promessa do Ministro Amadeu Cruz em se pronunciar até ao dia 13, sábado, até ao momento não houve qualquer confirmação oficial.

Disse que a organização tem mantido contacto com o ministro e que até espera que hoje, durante a cerimónia oficial de abertura do ano lectivo que se realiza na localidade de Calheta de São Miguel, Amadeu Cruz vá transmitir à classe, uma decisão nesta matéria.

Jorge Cardoso avançou que os professores “estão cansados com esta demora e com sucessivos adiamentos neste processo”, sublinhando que não houve garantias sobre a nova tabela remuneratória e o pagamento dos retroactivos.

Suspensão das actividades letivas e mega manifestação

O presidente alertou que caso esse impasse mantenha e não houver confirmação do Governo, que já na próxima semana, segunda-feira, dia 22, os professores poderão suspender as actividades do novo ano lectivo.

“O Sindep sempre apoia de forma incondicional as lutas da classe e se calhar vamos planear uma grande manifestação, uma mega manifestação para o dia 05 de Outubro, que é o Dia Internacional dos Professores”, alertou, reiterando a injustiça na lista definitiva de transição para o PCFR.

Problemas estruturais em algumas escolas 

Sobre o arranque do ano lectivo, o sindicalista afirmou que não houve diálogo efectivo com o Ministério da Educação sobre a temática, mas que, entretanto, identificou problemas estruturais em algumas escolas, que não estão em condições de receber alunos, professores e toda comunidade escolar.

“Por acaso eu já pedi ao secretariado regional de São Vicente que fizesse um levantamento para poder me informar melhor e poder fazer um pronunciamento sobre essa matéria”, explicou.

O presidente do sindicato criticou ainda a limitação orçamentária apresentada pelo Ministério da Educação, que indicou que só poderá pagar parte dos retroactivos previstos, o que aumenta a frustração da classe docente.

“Se calhar é necessário mais do que 1.7 milhões de escudos, terão que mobilizar mais recursos para poder, de facto, dar razão e, portanto, há esse aspecto”, sublinhou, frisando que com esses constrangimentos, a classe docente está bastante desmotivada e frustrada.

130 mil alunos no regresso às aulas 

O ano lectivo 2025-2026 arranca hoje com cerca de 130 mil alunos inscritos e, aproximadamente, oito mil professores activos no ensino básico e secundário.

Em declarações à imprensa no dia 11, o ministro afirmou que o Governo mantém o compromisso de estimular e valorizar a ambição individual das crianças, adolescentes e jovens.

C/Inforpress

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