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Sociedade

Cancro mantém-se como a segunda maior causa de morte em Cabo Verde

O Cancro continua sendo a segunda maior causa de morte em Cabo Verde, segundo informações partilhadas pelo especialista Jorge Noel. A doença vitimiza mais homens do que mulheres.
Jorge Noel falava à Agência de Notícias, Inforpress, por ocasião do dia mundial de luta contra o cancro, assinalado esta terça-feira (4).
“As doenças oncológicas em Cabo Verde matam mais homens do que mulheres, mas a diferença não é assim tão quantitativa. Dados indicam que os cancros mais frequentes são os da próstata, da mama, colo uterino e os relacionados com o aparelho digestivo”, realçou.
Jorge Noel, que falava em representação do Ministério da Saúde, anotou que os cancros de colo de útero no país variam entre 4% a 5%, da mama 6%, enquanto o cancro da próstata situa nos 11%. Já o cancro do aparelho digestivo, informou o médico, distribui-se por temores do esófago com 14%, de estômago, 11% e de fígado, com 8%.
“Dados do Ministério da Saúde revelam que, anualmente, morrem 350 pessoas por doenças oncológicas no país”, acrescentou.
No entanto, a data que se assinala este ano sobre o lema “Eu sou, eu vou”, vai ser assinalada, conforme o especialista, nos Centros de Saúde, com o propósito de chamar a atenção das pessoas sobre a doença, visto evocar a cada um de nós para a prevenção dos factores de risco para o surgimento do cancro.
A prevenção, lembra Jorge Noel, apela a cada um a adoptar estilo de vidas e hábitos saudáveis, evitando o álcool, o tabaco, o consumo de comidas com substâncias tóxicas, entre outros.
Para além destes cuidados, o especialista adverte que o rastreio é a palavra-chave nas doenças oncológicas, uma vez que permite a descoberta do cancro numa fase inicial, permitindo a que se avance com os tratamentos numa fase precoce.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 registaram-se em todo o mundo cerca de 18 milhões de novos casos de cancro e 9,6 milhões de pessoas ainda devem morrer por causa desta doença.
O primeiro aparecimento de um caso do cancro, com o surgimento de um tumor, data de há 4 mil anos, antes da Era Comum, mas foi a partir da Grécia Antiga, na escola de medicina de Hipócrates, que o cancro foi definido como um tumor duro, que poderia voltar, mesmo depois de retirado.
No entanto, somente no século XVIII, com os estudos do anatomista Giovanni Battista, somados aos conhecimentos do médico francês Marie François Xavier, que o cancro passou a ser entendido como é hoje.
Todos os anos, a 04 de Fevereiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alia-se à União Internacional Contra o Cancro (UICC), a fim de promover a luta contra a doença.
A efeméride, aprovada na Carta de Paris a 04 de Fevereiro de 2000, na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio, é um instrumento que visa chamar a atenção dos líderes governamentais, gestores de saúde e formadores de opinião para reduzir a doença que ameaça as futuras gerações em todo o mundo.
O Dia Mundial do Cancro é um evento global que visa unir a população em torno da luta contra o cancro e destina-se a salvar vidas humanas, através da sensibilização e da educação.
A NAÇÃO c/ Inforpress

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