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Ambiente

Delegada do MDR acusa extractores no Calhau de não quererem colaborar com as autoridades

 
A delegada do Ministério do Desenvolvimento Rural, Ambiente e Pesca em São Vicente, Janaina Almeida, disse esta quinta-feira que os pequenos extractores de inertes recusam-se a colaborar com as autoridades na resolução do problema ambiental na ilha do Monte Cara.
Um grupo de extractores fizeram esta quinta-feira, no Mindelo, um segundo protesto às portas da delegação do MDR, dizendo que não vão acatar a proibição de não extrair areia no Calhau.
Janaína Almeida considera tal atitude “sui generis”, porquanto o Governo já apresentou três alternativas para os referidos cidadãos obterem rendimento e nenhuma delas foi aceite.
Conforme Almeida, a primeira das sugestões foi a de que os pequenos extractores no Calhau passariam a extrair jorra na zona do Tupim. Uma segunda alternativa seria utilizar esses mesmos trabalhadores para a recuperação paisagística da zona dos vulcões, um projecto que a delegada do MDR assegura já ter o dinheiro disponível e que deveria iniciar-se logo no dia 3 de Novembro. E por fim, a terceira solução seria dar formações aos visados para terem outras actividades geradoras de rendimento e abandonarem definitivamente a extração de inertes.
“Nenhuma foi aceite”, sublinhou. “A questão é que esses trabalhadores simplesmente não querem sair do Calhau e não aceitam alternativas. Então como é que podemos trabalhar com pessoas cujas ajudas que queremos dar não são aceites?”, pergunta Janaina Almeida.
A responsável local do MDR salienta que não pega a justificativa apresentada pelos extractores de que a jorra de Tupim não serve, porquanto “naquele local existem pessoas que trabalham lá há anos”.
De relembrar que depois data limite de extração de jorra no Calhau, e de areia no Lazareto, no 1 de Novembro, só se conseguiu fechar os acessos na zona do Lazareto. Já no Calhau, os extractores protestaram e impediram as autoridades de fazerem o mesmo.
Com isso, desde quarta-feira os extractores têm feitos protestos à porta da delegação do MDR em São Vicente, reclamando que não podem ficar muito tempo à espera por uma resolução, já que têm famílias para sustentar.
Nesta quinta-feira estiveram nos protestos cerca de 30 camioneiros, inclusive alguns do Lazareto, local onde esta manhã a polícia deteve alguns elementos por desacato, por terem desobedecido a ordem de proibição. Isto apesar de, inicialmente, terem aceite a interdição sem problemas de maior.
Perante tais confusões, Janaína Almeida pede “serenidade” e reitera que o Governo está apenas a zelar “pela segurança e pela legalização da actividade de extração de inertes”.
LN

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