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Cultura

Praia homenageia o poeta Mário Fonseca

O poeta cabo-verdiano Mário Fonseca, que hoje completaria 75 anos de idade, vai ser logo mais, no final do dia, alvo de uma homenagem da Biblioteca Nacional, Academia de Letras, Fundação Amílcar Cabral e Câmara Municipal da Praia, cidade que o viu nascer e onde viveu.
O nome de Mário Fonseca vai passar a constar de uma placa, a ser descerrada na Achada Santo António, às 16 horas, perto do Cometa, zona onde viveu nos últimos anos. Logo em seguida, uma palestra, pelo também poeta Corsino Fortes, presidente da Academia Cabo-verdiana de Letras, terá lugar no Auditório da Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV), pelas 17h30, seguida de uma sessão cultural.
O dia de homenagem a Mário Fonseca termina com o encerramento de uma exposição de obras de escritores africanos no espaço da BNCV.
Mário Fonseca nasceu a 12 de Novembro de 1939, na cidade da Praia, ilha do Santiago. Juntamente com Arménio Vieira, Osvaldo Osório e Jorge Miranda Alfama, era membro da chamada geração Seló, um suplemento literário que se publicou em São Vicente, na altura estudantes no Liceu Gil Eanes em 1962.
A poesia inicial de Mário Fonseca, publicada também no então Boletim Cabo Verde, na cidade da Praia, traz a marca da inquietação do seu tempo, com apelos revolucionários e luta anticolonial. “Quando a vida nascer”, publicado em 1959, é tido como exemplo mais paradigmático.
Por essa altura também adere ao PAIGC, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, com quem haveria contudo de romper ou a manter uma respeitosa distância. Aliás, só no início dos anos noventa, depois da abertura política, ele retorna a Cabo Verde, tendo sido presidente do então Instituto Nacional da Cultura, INAC.
Mário Fonseca licenciou-se em Letras na Universidade de Dakar e foi professor, tradutor e administrativo no Senegal, Mauritânia e Turquia. Faleceu aos 69 anos, na sua cidade natal, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Entre as suas obras estão “O Mar e as Rosas”, “Près de la mer” e “Mon Pays est une Musique”. Terá deixado vários manuscritos por publicar, além de textos dispersos  (ensaios, artigos vários), entre outros materiais.
 

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