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Sociedade

Estudantes do ISCEE estão em greve

Entre gritos e apupos os estudantes do Instituto Superior das Ciências Económicas e Empresarial (ISCEE), campus da Praia, estão em greve desde ontem, segunda-feira. Contestam a alteração do regulamento e garantem lutar até o fim.
A causa da desavença entre os estudantes e a direção tem a ver com a alteração na tabela de propina e emolumentos. De acordo com o mesmo regulamento, os alunos que têm disciplina em atraso, que escolherem regime de exame para tentativa de aprovação, vão pagar cinco mil escudos por cada disciplina. E para os que optaram por regime de avaliação devem pagar 2 mil e 400 escudos.
Um valor exagerado, segundo a presidente da Associação dos Estudantes do ISCEE, Denise Moreira, para quem, dessa forma estão a pagar propina três vezes.
“Não aceitamos o regulamento porque é um valor muito elevado, principalmente nesta época de crise. As famílias não vão poder suportar o custo. Temos casos de estudantes bolseiros que tem enfrentando muitas dificuldades, imagine agora com o acréscimo de cinco mil escudos”, diz.
Denise Moreira disse que a Associação dos Estudantes tentou negociar com a direcção várias vezes, mas sem sucesso. “Nós preferimos negociar. A decisão final deve ser favorável tanto para a instituição como para nós os estudantes”. Por isso, sugere, “propomos 2 mil escudos para o exame e 1500 para o regime de avaliação”.
Até agora a direção não pronunciou nada aos estudantes, contudo mobilizou a segurança interna e chamou polícia para proibir a entrada dos grevistas. A NAÇÃO tentou ouvir a reitora, mas, de portão trancado, o guarda disse que até o momento não há nada a dizer.
Os alunos, esses, estão a recorrer aos mais variados meios para mostrar o seu desagrado. Batucadas, cartazes, gritos, inclusive escritura nas palmas das mãos.
“Nós vamos permanecer aqui até obtivemos uma resposta favorável. Estamos conscientes que temos teste e estamos a perder aulas. Mas temos que exigir os nossos direitos” disse um deles a esta reportagem.
A greve vai durar uma semana, caso a direção não mudar de ideia. A partir da próxima segunda-feira, 15, os alunos vão voltar pra aulas. Denise Moreira adianta que não vão pagar as propinas, sendo certo que “a escola não funciona sem nós”, conclui.
DP

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