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Política

Casas do Estado ao abandono

Numa altura em que se fala da falta de espaços para albergar diversos órgãos do Estado, é notória a degradação e abandono de vários imóveis públicos. Isto na capital, cidade da Praia, como Mindelo e outras cidades do arquipélago.
O assunto em si nem sequer é novo e é mais uma prova de que como a Administração do Estado, em Cabo Verde, lida com as denúncias da comunicação social. Por exemplo, na Praia, um dos bairros mais nobres, a Prainha, encontram-se várias residências em claro abandono. São os casos das residências oficiais do Presidente da República e do primeiro-ministro.
Jorge Carlos Fonseca, desde a sua tomada de posse em Setembro de 2011, continua a residir em casa própria, numa apartamento de um bloco habitacional na Achada de Santo António, sem a dignidade para um Chefe de Estado e sem as condições de segurança requeridas para o mais alto magistrado da Nação.
Enquanto isso, aquela que é chamada a residência oficial do PR, na Prainha, continua também a degradar-se a olhos vistos, sem que se vislumbre uma tomada de posição no sentido da sua requalificação.
Mas, o mais preocupante é a moradia onde, em tempos, residiu o primeiro-ministro, José Maria Neves. Essa habitação, também situada na Prainha, está totalmente abandonada e a ser utilizada para o refúgio de alguns delinquentes e armazém das vendedeiras de “comes e bebes” daquela praia.
Na Babilónia, também na Praia, estão, também, algumas casas abandonadas. Algumas dessas residências, que estão em bom estado, e que deveriam ser casa de função, estão a ser ocupadas por pessoas que, há muito, não exercem qualquer de cargo de chefia no Estado.  Simplesmente, ninguém se lembrou de lhes pedir as chaves.
Enquanto isso, o Estado vai gastando mais de trinta mil contos por ano para pagar arrendamento de edifícios para diversos ministérios e serviços. Claramente, um dinheiro que, segundo entendidos, deveria ser canalizado para a construção de espaços para acolher diversos serviços que estão espalhados pela cidade da Praia e reabilitar algumas residências que estão já em avançado estado de degradação. Isto porque, ao que tudo indica, o projecto da Cidade Administrativa morreu. Pelo menos, depois do barulho, ninguém mais fala no assunto.
 

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