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Sociedade

Desrespeito pela classe está na base das reivindicações – delegado sindical dos oficiais de justiça

O delegado sindical dos oficiais de justiça, João Borges, afirmou hoje, na Cidade da Praia, que o que está na base das revindicações não é o salário mas sim o desrespeito pela classe.
O sindicalista fez estas considerações à imprensa durante uma marcha de protesto contra a aprovação, pelo governo, dos estatutos dos funcionários afectos aos quadros privativos da Administração Pública, “sem a discussão prévia” da versão final.
Segundo João Borges, a aprovação desses estatutos irá por em causa os direitos já adquiridos e em formação desses funcionários e a não satisfação dos compromissos assumidos em sede de Concertação Social.
“Imagine, uma pessoa fez todo o seu percurso e já está no topo da carreira dentro de determinada categoria e o Governo quer alterar isso para começarmos do zero”, questionou para comparar esta situação com a de um aluno que já estudou o 12º ano e a direção da escola o mande estudar o 8º ano de novo.
O delegado sindical dos oficiais de justiça acusou o Governo de ter remetido ao silêncio, depois de o sindicado representativo da classe lhe ter enviado duas missivas pedindo um encontro com o ministro da Justiça.
Com este estatuto, adiantou João Borges, os anos de serviço das classes (Polícia Judiciária, Registo Notariado e Identificação, Oficial de Justiça e Inspecção do Trabalho), vão ser “zerados”, pois quem trabalhou cinco ou seis anos vai ter que fazer tudo de novo.
No que concerne aos oficiais de justiça, avançou que foram-lhes retirados “todos os direitos”. “Mesmo que não haja dinheiro, o que tinham que fazer é sentar-se à mesa e negociar, de acordo com a realidade do país, para que se saiba o que é possível dar e o que não é possível dar”, argumentou, advertindo que vão lutar “até as últimas consequências”.
A marcha teve início às 17:00 com partida no Palácio da Justiça, no Platô, percorreu a rampa São Januário – Avenida dos Combatentes da Liberdade da Praia, contornando as rotundas de Chã de Areia e de Homem de Pedra e terminou em frente ao Palácio do Governo, na Várzea.
Fonte: Inforpress

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