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Economia

Frescomar reforça vigilância para alcançar 35 milhões de euros em vendas

A empresa de transformação e conservação do pescado, Frescomar, projecta realizar até o final deste ano um volume de vendas em torno dos 35 milhões de euros, mais 10 milhões do que ano passado. Para isso, a empresa reforça a vigilância nas renovadas instalações do complexo de pesca de Cova de Inglesa, onde ninguém entra sem a identificação exigida e o processo de descarga ganha tons industriais.
Na mira de seguir todas as normas internacionais e assim enviar os produtos da sua marca aos mercados mais exigentes, a Frescomar já avisou aos armadores que não vai permitir que nenhum pescador entre nas novas instalações da Cova de Inglesa, a serem inauguradas esta quinta-feira, 29, sem estar devidamente equipado. Só terá acesso ao complexo, cujas obras custaram cerca de cem mil contos, quem portar, além de um colete com a identificação da respectiva embarcação na qual trabalha, um cartão com fotografia actualizada.
À procura de reforçar a higienização mas também diminuir o tempo de descarga do pescado, a Frescomar introduziu também no complexo um mecanismo de sugação de pequenos pelágios, nomeadamente cavala e melva (cachorrinha). Ou seja, a descarga passa a não ser feita por pescadores mas sim por uma máquina que suga o peixe directamente da embarcação para os locais de conversa, diminuindo o tempo em que o produto da pesca fica exposto ao sol.
Agressiva no mercado, desde que passou para as mãos do Ubago Group, em 2008, a Frescomar arrancou o ano a apontar para investimentos a rondar os quatro milhões de euros, mais de 400 mil contos, para não só criar nova linha de montagem de lombo de atum, como alargar a sua actuação em São Vicente.
Crescer é palavra de ordem
Criou mais empregos, entrou na gestão do complexo de frio do Mindelo e passou a estar preparada para processar 120 toneladas de pescado por dia. E esses investimentos vão se concretizando no momento em que a empresa se vira para os mercados de Angola e dos Estados Unidos de América (EUA). De resto, a empresa de conserva de pescado está a aproveitar as vantagens do programa AGOA, que garante o acesso preferencial ao mercado estadunidense de produtos de países da África subsariana, para ampliar o seu espaço de vendas dos EUA, em particular em Nova Iorque e Miami.
A empresa já exporta para os EUA a gama dos seus produtos disponíveis em diversos formatos, nomeadamente atum, cavala e melva. Até agora o mercado mais explorado é do dos cabo-verdianos residentes na terra do Tio Sam, mas a hora é de expansão para entrar em nichos diferenciados e de conquistar clientes de diversas procedências.
Além desses empreendimentos em São Vicente, a Frescomar vai investir cerca de 328 mil contos nas antigas instalações da Salmar, na ilha do Sal, onde pretende erguer uma estrutura para modernizar o sector de transformação do pescado. Lá serão criados cerca de 300 postos de trabalhos.
 

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