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Economia

71% das pessoas no sector informal sem declarar impostos

Os números do Estudo do Sector Informal Não-Agrícola, apresentados na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), mostram que 71 por cento (%) das pessoas do sector informal não pagam os impostos.
“Existe cerca de 71% de pessoas que não pagam impostos e uma proporção significativa (61%) daqueles que não desejam declarar as suas unidades de produção informal às Finanças”, afirmou Orlando Santos, coordenador do estudo.
O estudo foi apresentado no Dia Africano de Estatística, sob o lema “Dados melhores para uma vida melhor: tirar partido das tecnologias modernas para melhorar os Sistemas Estatísticos Nacionais”, proposto pela Comissão Económica das Nações Unidas para a África.
O estudo foi feito a nível nacional (entre Junho e Setembro), estima ainda que este sector contribui 12,1% para o Produto Interno Bruto (PIB). “Sector informal não agrícola gerou receita de cerca 19 mil milhões de contos, que é bastante significativo, e segundo as estimativas das contas gerais, representa cerca de 12,1% do PIB nacional. Houve um aumento considerável neste sector de 40,6% durante este tempo”, adiantou a mesma fonte.
Este estudo indica a média de idade das pessoas que trabalham neste sector é de 40 anos, a maioria situa-se na cidade da Praia (um terço), em segundo lugar a ilha de São Vicente e em terceiro os restantes concelhos da ilha de Santiago.
Estudo do Sector Informal Não-Agrícola que 58% das pessoas que estão neste sector são mulheres.
O melhor modo de financiamento deste sector é por via de herança ou de poupança, uma vez que, de acordo com a Secretária de Estado Adjunta do Ministério das Finanças, Edsana Brito, os bancos não se sentem atraídos. “Falam muito da questão do crédito mas apenas 0,9% conseguem crédito junto do sector bancário. Ou conseguem por herança ou empréstimo e por esta via mostra-se resistência dos bancos”, diz.
Para a Secretária de Estado a ambição é ter todos a contribuírem “lá onde é possível”. “Terem os seus negócios bem montados, empregarem quadros, ganharem algum sustento, mas acima de tudo termos a informação global dos nossos serviços e comércio e outras actividades económicas. Aqui a questão é trabalharmos os dados divulgados e tomarmos medidas consequentes”.
CG

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