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Economia

Banco de Cabo Verde revê em baixa crescimento económico de 2015

A economia cabo-verdiana deverá registar um crescimento de 1 a 2% em 2015, de acordo com o Relatório de Política Monetária do Banco de Cabo Verde (BCV), que revê em baixa as projeções de crescimento feitas em maio.
O documento, publicado semestralmente e hoje divulgado, analisa a evolução da situação económica e financeira nos últimos seis meses e as perspetivas para o semestre seguinte.
Na edição de maio, o banco central de Cabo Verde estimava um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) para os três trimestres seguintes entre 2,5 a 3,5%.
Apesar da revisão em baixa do crescimento em 2015, o BCV mantém a previsão de crescimento neste intervalo para 2016, perspetivando “uma contínua recuperação do poder de compra das famílias, em função de expectativas positivas quanto à evolução das transferências externas para apoio familiar, embora em desaceleração, de aumento dos benefícios e apoios sociais suportados pelo governo e de alguma melhoria das condições do mercado de trabalho”.
Segundo o relatório, a perspetiva para 2015 de um menor crescimento do que o antecipado em maio, é explicada pelos desempenhos desfavoráveis de setores como o comércio, agricultura ou construção e por alguma retração nos investimentos públicos, o que inibiu a procura interna.
O investimento público deverá continuar a decrescer, segundo o relatório, e as restrições ao consumo público deverão aumentar ligeiramente, em linha com um crescimento mais moderado das receitas fiscais, dissipados os efeitos da política tributária implementada em 2015.
Para o próximo ano, prevê-se ainda um aumento do défice comercial, devido ao aumento estimado das importações de bens, devendo aumentar para cerca de 7,5% do PIB, segundo o documento.
O crédito à economia deverá crescer 2% em 2015, sobretudo por causa dos empréstimos às empresas públicas, aumentando para 2,9% em 2016.
As projeções da inflação apontam para uma subida da taxa média anual, de -0,2% registado em 2014 para cerca de 0,2% em 2015 e entre 0,6 e 1,1% em 2016.
Fonte: Lusa

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