Os ex-funcionários da Casa de Segurança do Presidente da República apelam à intervenção, ainda esta semana, do ministro que dirige aquele órgão, para ultrapassar os atrasos no pagamento de indemnizações, ameaçando com protestos.
Em causa está a reclamação de um grupo de três mil e 800 ex-trabalhadores sobre o cumprimento de uma decisão do Tribunal, de 2012, com vista ao pagamento de indemnizações aos mesmos, pelos seus despedimentos, num caso ainda sem solução.
Por três vezes este grupo já tentou sair à rua com a intenção de chegar ao Palácio Presidencial, mas foi sempre impedido pela intervenção da Polícia e militares.
O caso envolve antigos trabalhadores de três empresas criadas pelo ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos – a Brigada Especial de Limpeza, Brigada de Construções Militares e Unidade da Guarda Presidencial -, despedidos em 2010.
O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência da República, Pedro Sebastião, prometeu uma solução para o caso na semana que passou e, quinta-feira, foi submetida aos ex-funcionários uma contra-proposta sobre os valores a receberem.
O porta-voz dos ex-funcionários, Mário Faustino, referiu que o caso foi levado a Tribunal, período durante o qual a Casa de Segurança nunca compareceu às sessões, tendo a Justiça decidido a favor dos trabalhadores.
De acordo com Faustino, há uma esperança que o problema se resolva por estar agora à frente dos destinos do país um novo Governo, que tem demonstrado alguma abertura.