Desde a posse do Governo de Ulisses Correia e Silva, em 2016, e contrariamente ao discurso de campanha, já foram injectados mais de 2,2 milhões de contos na TACV, através de avales do Tesouro Público. O último aval foi concedido há menos de um mês.
E, ao que tudo indica, a drenagem de recursos públicos, isto é, dinheiro dos contribuintes para alegadamente salvar a TACV, não fica por aqui. Isto porque a cada dia que passa surge mais uma necessidade que é preciso enfrentar, por forma a companhia cabo-verdiana privatizável.
No último aval, concedido em Janeiro, o Executivo autorizou a TACV a contrair um empréstimo junto da Caixa Económica, no valor de 550 mil contos para fretar um novo Boeing para substituir o ‘Emigranti’. Este, ao que A NAÇÃO sabe, foi para reparação nos Estados Unidos da América, não devendo mais regressará a Cabo Verde. É que a Icelandair prefere viajar com os seus próprios aparelhos.
Segundo uma resolução do Conselho de Ministros, este montante permite a companhia aérea cabo-verdiana mobilizar no mercado uma aeronave em regime de wet lease “com o objectivo de dar continuidade ao seu programa de voos e garantir os direitos dos passageiros com passagens adquiridas e voos cancelados”.
Em Outubro 2017, o Tesouro tinha concedido um outro aval à TACV para um empréstimo de 1,5 milhões de contos que deveria ser destinado ao pagamento das indemnizações aos trabalhadores a serem dispensados no âmbito da reestruturação da empresa.
Antes, em Julho, a TACV havia pedido outro empréstimo bancário no valor de 187 mil contos, junto do Banco Privado Internacional (BPI), igualmente, tendo o Estado como avalista. Ou seja, em menos de um ano o Governo já autorizou a TACV a contrair junto dos bancos comerciais um total de cerca de 2,2 milhões de contos em empréstimos.
Governo já injectou mais de dois milhões de contos na TACV
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