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Política

Leite derramado: PAICV estranha “ausência e silêncio” de Ulisses

O PAICV estranha  a “total ausência e o silêncio” do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, no momento em que seu vice, Olavo Correia, está a ser acusado de prática de actos de que indiciam corrupção.
A estranheza foi manifestada esta sexta-feira pelo secretário-geral do partido, Julião Varela, durante uma conferência de imprensa  na cidade da Praia.
“O favorecimento de empresas nas quais Olavo Correia, e a esposa são accionistas, já é um facto incontornável”, disse indicando que também o ministério tutelado por Olavo Correia transferiu uma repartição das Finanças, antes instalada num prédio do Estado, sem custos para os contribuintes, para um edifício arrendado à empresa Tecnicil.
Para o PAICV esses actos configuram uma “total falta de ética” e numa clara confusão de papéis entre o governante Olavo Correia e o sócio da empresa Olavo Correia.
Julião Varela frisou que perante todos estes dados, a própria Procuradoria já abriu uma investigação para colher informações e apurar eventuais responsabilidades relacionadas com a actuação do ministro Olavo Correia, pelo que estranha atitude do MpD.
Julião Varela reiterou que num país sério, perante todas essas evidências, o vice-primeiro-ministro já teria tirado as consequências sob pena duma intervenção do primeiro-ministro, enquanto responsável máximo da governação.
“O PM fica mudo e calado, como cúmplice dessa acção despudora. Enquanto toda a sociedade manifesta a sua indignação e o seu repúdio, pela actuação intransparente do vice-primeiro-ministro, o PM esconde-se e, mais uma vez, demonstra a sua falta de coragem e o seu desrespeito pelos cabo-verdianos”, considerou.
Segundo o PAICV a medida levada ao Parlamento com o argumento de proteger indústria cabo-verdiana da concorrência através do aumento das taxas de importação para todos os concorrentes veio a traduzir no aumento dos preços dos produtos para as famílias cabo-verdianas, agravando a já difícil situação decorrente do ano da seca e do mau ano agrícola.
Julião Varela salientou ainda que Olavo Correia faltou à verdade quando disse que a proposta era da Câmara de Comércio e Indústria e Serviços de Sotavento, e garantiu ao Parlamento que os produtos, para além de qualidade, seriam em quantidade suficiente para abastecer todo o mercado nacional.
“Disse que haveria transporte regular para abastecer todas as ilhas e que os preços dos produtos não aumentavam em relação ao preço existente no mercado naquele momento. A verdade é que os preços de todos os produtos aumentaram, os produtos não estão a chegar a todas as ilhas, e as famílias cabo-verdianas estão a suportar um custo adicional para proteger a empresa em que o vice-primeiro-ministro é sócio”, repudiou.
C/Inforpress
 

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