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Cultura

"Love over all" foi o que vi e vivi em Cabo Verde" – Ky-mani Marley

Chega hoje ao fim a estada de Ky-mani Marley, filho do lendário Bob Marley, na ilha de Santiago onde passou cerca de seis dias, e onde teve a oportunidade de “sentir” e “conviver” de perto com a cultura da ilha, a sua música e as suas gentes, para gravar dois videoclipes que vão servir para divulgar Cabo Verde no mundo.
Ky-mani Marley transformou-se assim no primeiro embaixador do projecto “Kabu Verdi na Mundo”, uma iniciativa do MCIC que tem como objectivo divulgar e promover a marca e a bandeira de Cabo Verde além fronteiros através de pessoas de referência a nível internacional.
“O objectivo é dar a conhecer Cabo Verde a pessoas que o podem levar mais longe. Durante vários temos visto o Estado de Cabo Verde, a direcção geral do turismo e as câmaras municipais a investir muito dinheiro, muito mais do que aquilo que investimos nesse projecto, para ter um stand numa feira internacional para promover o país. Mas a prática internacional mostra-nos que um país vende cada vez mais, quanto maior for a credibilidade e a legião de fãs que tiver aquela pessoa que o tiver a vender. Então a ideia é trazer pessoas de referencia internacional para conhecerem e terem uma experiência de Cabo Verde”, explicou o ministro da cultura e industrias criativas Abraão Vicente esta manhã numa conferência de imprensa conjunta, na Cidade Velha, com Ky-mani Marley.
Quanto à escolha de um representante do reggae para dar início ao projecto Kabu Verdi na Mundo, Abraão Vicente explicou que o reggae faz parte da identidade crioula. “O reggae está em Cabo Verde tão presente quanto os outros géneros musicais. O reggae tem muito de nós cabo-verdianos. Lembro que desde pequeno o reggae está presente na vida de todos os cabo-verdianos e o Bob Marley e o seu rosto fazem parte de uma certa filosofia de ser do cabo-verdiano”.
Promover Cabo Verde através do Reggae
Esta é a segunda vez que este filho de Bob Marley está em Cabo Verde e como contou ao jornalistas, já na altura ficou com vontade de regressar.
“Já visitei Cabo Verde no passado, onde senti o calor deste povo e prometi a mim mesmo que um dia iria voltar. Quando recebi o convite não hesitei e aceitei-o logo à primeira. Sinto-me orgulhoso e comprometo-me a ajudar a promover Cabo Verde lá fora e o povo cabo-verdiano, através do reggae”.
Ky-mani esteve em Santiago para gravar dois videoclipes em três pontos estratégicos da ilha. Tarrafal de Santiago, Santa Cruz e Cidade Velha, Património Mundial da Humanidade e berço da mestiçagem crioula. Com uma agenda preenchida, o filho do rei do reggae fez-se acompanhar pela embaixadora do reggae crioulo, Nish Wadada, que ao longo de seis dias lhe foi mostrando e contando um pouco da história e cultura de Cabo Verde e dos lugares que visitou.
“Foi uma honra para mim servir de anfitriã e poder dar a conhecer Cabo Verde a um filho de Bob Marley. É algo que não dá para descrever em palavras”, disse ao A NAÇÃO Nish Wadada.
Ky-many Marley mostrou-se feliz e honrado pelo convite e oportunidade e confessou que a experiência foi tão enriquecedora que já adoptou Cabo Verde como a sua “segunda casa”.
“Foi uma experiência muito boa e bonita. Pude sentir muito o amor e o calor do povo cabo-verdiano. Por todo o lado que passei e sítio que visitei fui muito bem acolhido. Tive a oportunidade de conhecer de perto a morabeza e hospitalidade cabo-verdiana. Os cabo-verdianos têm muitas semelhanças com os jamaicanos são pessoas vibrantes, muito positivas e conscientes da sua cultura”, afirmou.
Ky-mani Marley mostrou-se ainda feliz por ter encontrado em Cabo Verde o legado do seu pai, o “one love”, “amor universal”, que Bob Marley cantava. Inclusive um dos videoclips que gravou chama-se “Love Over All”, “Amor acima de tudo”, que diz que foi, precisamente, o que “encontrei em Cabo Verde”.
Para o futuro ficou a promessa de voltar ao país e a intenção de trabalhar em conjunto com Nish Wadada e conhecer ainda mais sobre os músicos e a música de Cabo Verde, para além da tabanka, do funaná e do batuco que teve a oportunidade de conhecer e dançar, ao longo dos seis dias na ilha.
Já o ministro Abraão Vicente garante que o projecto é para continuar e destacou que o mesmo só foi possível graças à “congregação de vários esforços”, como agências de viagens (Novatour e PraiaTour) e o hotel Pescador, que permitiram que o estado Estado fizesse um “investimento mínimo” de 400 mil escudos no projecto, cujo montante “é muito superior”. As câmaras municipais contribuíram também com cerca de 200 mil escudos cada.
GC

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