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Sociedade

Praia: Oito anos de reclusão para assassino de policial

O Tribunal da Comarca da Praia condenou a oito anos e quatro meses de prisão o assassino confesso do agente da Policial Nacional, Evandro Lopes, morto Dezembro, com a sua própria arma de serviço, em Achadinha, na capital. Fender já cumpre pena na Cadeia de São Martinho.
Uma fonte judicial ouvida pelo A NAÇÃO arrisca a dizer que, com esta pena, de “apenas” oito ano e quatro meses de prisão, o juiz terá imputado alguma culpa pelo sucedido ao próprio agente assassinado. Entretanto, tentamos saber da fundamentação do Tribunal da Praia, mas isso não foi possível junto ao segundo juízo crime daquela casa de justiça, pelo menos até o fecho desta edição.
O caso
Evandro Lopes, agente da PN afecto à Guarda Fiscal, residia na Ponta d’Água, quando foi morto na madrugada de 3 de Dezembro de 2017, na localidade em Achadinha, Ponta Tâmara. Uma nota emitida na altura por aquela corporação indicou que o crime “foi cometido com a arma do próprio Agente, que instantes antes se encontrava a divertir, numa das discotecas da capital, e que em circunstâncias por apurar terá deslocado à zona da ocorrência, onde entrou em conflito com o suspeito que, supostamente o terá desarmado e baleado com vários tiros”.
Num confronto directo, Fender conseguiu tirar a arma de Evandro, e este, por sua vez, pôs-se a correr, mas foi atingido com um tiro na perna e depois baleado com mais seis tiros no corpo e na cabeça.
Fender, que já tinha frequentado a Cadeia de São Martinho, foi detido e encaminhado à Policia Judiciária que, posteriormente, o entregou ao Ministério Público. O arguido, que se encontrava desde então em prisão preventiva, conheceu o desfecho da primeira instância no passado dia 15 de Maio. A sentença de oito anos e quatro meses de prisão causou, todavia, um certo mal-estar no seio da PN, com alguns agentes a dizerem que, hoje em dia, “os bandidos estão a ser mais protegidos do que os policiais”.
22 anos por assalto
Entretanto, o mesmo tribunal condenou dois dias depois, a 22 anos de prisão, dois indivíduos acusados de dois crimes de assalto à mão armada, praticados nos balcões do então Novo Banco e da Caixa Económica, instalados no edifício dos Correios de Cabo Verde, no Platô, em Março do ano passado.
Recorde-se que os dois assaltantes tinham sido detidos pela Polícia Judiciária, através da Secção de Crimes Patrimoniais, entre Março e Abril de 2017, depois de uma investigação. Os suspeitos foram detidos na cidade da Praia e na ilha do Fogo onde um dos assaltantes teria se refugiado.
GSF

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