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Sociedade

Cabo-verdianos manifestam-se em Dia de Independência Nacional

Para este 5 de Julho, qual sinal dos tempos que correm, pelo menos quatro organizações civis organizaram manifestações para demonstrarem o seu desagrado para com a classe política, especificamente o Governo. Com o último caso da jovem Eloisa Teixeira que não foi evacuado pela Binter e que acabou po passar três horas numa embarcação para ser evacuada da Boa Vista para o Sal, e que acabaria por falecer depois de ter sido submetida a uma cirurgia já no Sal. As reivindicações sobem de tom com os cabo-verdianos a exigirem uma solução para as evacuações de emergência.

O movimento SOS Bubista anunciou a sua manifestação para o Dia da Independência, assim como o Movimento Korda Cabo Verde, na cidade da Praia. SOS Bubista tem como tema da sua manifestação “SOS às evacuações desumanas e exigência de médicos especialistas, SOS às crianças desaparecidas, SOS ao sistema de saúde e previdência social”.

Na sua página do ‘Facebook’, SOS Bubista afirma que estão “fartos de inverdades, de descaso, de injustiça”. “Estamos num estado democrático, onde o povo é quem manda. Vamos todos sair à rua para lutar em prol de um Cabo Verde melhor, para que não haja mais mortes de inocentes, para que tenhamos melhores condições de saúde e meios de evacuação mais rápidos e mais condignos”.

Na ilha do Fogo, o grupo de jovens ‘Mosteiros em Acção’ realizam uma manifestação, a partir das 15H00. De acordo com um dos jovens, as zonas de Atalaia, R. Ilhéu, Rocha Fora e Aldeia estão sem acesso a saúde, segurança, entre outros problemas. “Devido ao corte da estrada entre São Filipe a Mosteiros, via norte, nesse momento as pessoas andam numa rocha para chegar a Delegacia de Saúde ou a outros serviços”, acusa.

Em São Vicente, o Movimento Sokols 2017 realiza a Marcha da Fome do Capitão Ambrósio. Esta iniciativa, além de assinalar o 43º aniversário da independência nacional, traduz-se numa espécie de reedição de um momento histórico da ilha, entretanto adaptado aos desideratos do país nos dias de hoje. A marcha tem como destino final o parque de estacionamento do Centro de Pequenas Encomendas da Enapor, onde algumas pessoas especialistas em várias áreas, em curtas intervenções, farão o seu diagnóstico da situação actual do país (saúde, habitação, transporte, saneamento, património, justiça).

Ao longo do percurso vai ser transportada uma bandeira negra, alusiva a fome. E, por se tratar de uma marcha pacífica, não serão aceites quaisquer simbologias partidárias ou a bandeira de Cabo Verde antes da democracia, devido as óbvias conotações partidárias.

Enfim, até em Santo Antão, a propósito do 5 de Julho, está prevista uma marcha para domingo, da Comunidade do Figueiral da Ribeira Grande, para exigir um conjunto de serviços públicos, electricidade, estrada de acesso, recepção do sinal de televisão, entre outros. Enfim, mais um 5 de Julho do nosso (des)contentamento.

ACN

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