O filho do ex-Presidente sul-africano PR, Jacob Zuma, Duduzane Zuma, foi, esta segunda-feira, 9, acusado de corrupção, num dos numerosos escândalos ligados à família de empresários Gupta, que contribuíram para a demissão do seu pai em Fevereiro.
Após uma breve audiência, um Tribunal de Joanesburgo determinou que Duduzane Zuma ficará em liberdade em troca de uma fiança de dez mil rands (seis mil e 500 euros). A próxima audiência ficou marcada para 24 de Janeiro de 2019.
Com 34 anos, Duduzane Zuma é acusado de ter participado, em Outubro de 2015, num encontro durante o qual um dos irmãos Gupta, Ajay, propôs o cargo de ministro das Finanças a Mcebisi Jonas, então vice-ministro.
Num depoimento, Jonas explicou que a oferta lhe foi feita em troca da sua obediência às instruções dos Gupta e de um envelope de 600 milhões de rands (38 milhões de euros). Ajay Gupta desmentiu as alegações.
Os irmãos Gupta, de origem indiana, instalaram-se na África do Sul em 1993 e são acusados de ter aproveitado a sua proximidade com Jacob Zuma para infiltrar o aparelho de Estado e obter lucrativos contratos e benefícios.
Duduzane Zuma “está inocente, claro, é o que vamos defender”, disse o seu advogado, Rudy Krauss, à imprensa no final da audiência de hoje.
Jacob Zuma foi obrigado a renunciar ao cargo de presidente pelo partido Congresso Nacional Africano (ANC) em Fevereiro passado, por causa da ligação a vários casos de corrupção.
O ex-presidente sul-africano é acusado de 16 crimes, de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude.
O sucessor de Jacob Zuma à frente do ANC e do país, Cyril Ramaphosa, fez da luta contra a corrupção uma prioridade.