Agostinho Almeida Santos, professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e médico pioneiro da procriação medicamente assistida em Portugal, morreu no sábado, em Portugal, aos 77 anos de idade.
Agostinho Almeida Santos foi nomeado cônsul honorário de Cabo Verde para a Região Centro, em Portugal, em 2009, depois de anos de trabalho de cooperação no arquipélago, sobretudo na área da medicina materno-infantil e na formação de internos em obstetrícia.
Era tido como um grande amigo de Cabo Verde, chegou a ser condecorado pelo ex-Presidente da República, o Comandante Pedro Pires e tinha o hábito de passar férias na Boa Vista.
Era também grande amigo do ex-primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, que lhe prestou também homenagem através da sua página de Facebook, descrevendo-o como um homem “generoso, solidário e fraterno”, sempre disponível para ajudar.
“Amava desmedidamente Cabo Verde – tem casa na Boavista onde passava férias com a família. Falava-me com emoção das estadias na ilha das dunas, da paixão dos netos e da sua assumida pertença a Cabo Verde. Aliás, nos últimos anos, já era Consul Honorário de Cabo Verde em Coimbra. Agostinho Almeida Santos estará eternamente entre nós, em Coimbra e na Boavista”, escreveu José Maria Neves.
Reconhecido médico e professor catedrático de ginecologia, Agostinho Almeida Santos realizou, pela primeira vez em Portugal, a técnica da procriação medicamente assistida, sendo fundador do programa de reprodução assistida que funciona na cidade de Coimbra, desde 1985.
Foi a enterrar ontem à tarde, em Coimbra, na presença inclusive da comunidade cabo-verdiana que ali reside e que fez questão de lhe prestar homenagem.