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Sociedade

Sindicato Nacional da Polícia anuncia greve de seis dias para finais deste mês

O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) anunciou, hoje, para finais deste mês, uma greve de seis dias, com vista à “resolução definitiva” das suas reivindicações, contando com o apoio da central na qual está filiado, a CCSL.

O líder do Sinapol, José Barbosa, fez este anúncio à imprensa depois de entregar ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) um recurso, segundo ele, “sobejamente fundamentado”, pedindo o arquivamento dos processos pendentes, bem como a “anulação dos despachos punitivos” por estarem “feridos da legalidade”.

Durante a greve da Polícia Nacional (PN), nos dias 27 e 29 de Dezembro de 2017, o Governo e o sindicato que representa a classe não chegaram a acordo para a definição dos serviços mínimos durante a paralisação, tendo sido decretada a requisição civil de 1.800 agentes para os três dias de greve, dos quais quase metade não cumpriu a requisição.

Da mesma forma que tinha apoiado a greve do ano passado, o líder da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, assegurou à Inforpress que a sua central sindical vai patrocinar uma nova paralisação anunciada pelo Sinapol.

José Manuel Vaz, que se fez presente no acto de entrega do recurso do Sinapol junto ao STJ, garantiu que a sua presença significa o “apoio efectivo” às reivindicações das forças de segurança e ordem pública.

“Sempre apoiámos e apoiaremos a luta do pessoal da Polícia Nacional, através do Sinapol”, afiançou José Manuel Vaz.

Além da “anulação imediata” de todos os processos disciplinares contra os profissionais da Polícia, o sindicato exige, ainda, a actualização salarial no valor de 65.945 escudos, com efeitos a partir de 01 de Janeiro de 2019.

A redução de carga horária para 41 horas semanais, bem como a aplicação dos subsídios de condição policial extensiva a todos os elementos da PN e o subsídio de carta de condução (25%) para os condutores da Polícia são, entre outras, as reivindicações do sindicato.

Exige, por outro lado, um novo modelo de “gestão e transparência” do Serviço Social da Polícia Nacional.

Para evitar a greve marcada para finais deste mês, o presidente do Sinapol assegurou aos jornalistas que o seu sindicato está “disponível, sede própria, a sentar-se à mesa das negociações” com o Governo.

O líder do Sinapol foi punido com reforma compulsiva e, contrariamente ao que tem sido noticiado, ainda não foi desarmado, mas afiançou que o processo “está em curso”.

Relativamente a outros elementos da corporação, nomeadamente os delegados e coordenadores sindicais, o castigo vai até 125 dias de suspensão, com efeitos suspensivos.

Para o presidente do sindicato representativo dos agentes da PN, a pena é suspensa, mas a ficha individual fica “suja e manchada” e, por isso, pede a sua anulação e arquivamento dos processos.

Inforpress

 

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